Economia

“A TAP é uma empresa nacional ou regional?”, pergunta Rui Rio a António Costa

O plano de reabertura da TAP, que prevê 71 rotas a partir de Lisboa e apenas três a partir do Porto, levou o presidente do PSD a questionar qual a visão do primeiro-ministro para a empresa.

No primeiro debate quinzenal depois de terminado o estado de emergência, Rui Rio criticou o modelo de gestão da TAP, cujo capital está dividido entre o Estado (50 por cento), um acionista privado (Atlantic Gateway, com 45 por cento) e os trabalhadores (cinco por cento).

“Queremos olhar para a TAP como uma empresa nacional ou eminentemente regional?”, perguntou o líder laranja a António Costa.

O primeiro-ministro respondeu que este não é o momento para fazer opções estratégicas porque a TAP, à semelhança das outras companhias aéreas, enfrenta uma “crise conjuntural específica”.

Ainda assim, António Costa não deixou de provocar o presidente do PSD.

“Acho um pouco estranho que simultaneamaente critique o modelo que adotamos, em que readquirimos 50 por cento do capital prescindindo da intervenção executiva na gestão da TAP, e depois dê a entender que é pelo facto de sermos acionistas e não gestores que a TAP tem tido prejuízos nos últimos anos”, atirou.

Tal resposta levou Rui Rio a insistir na tese da centralização da empresa, chegando mesmo a ironizar se a TAP não iria “mudar de nome para Lnhas aéreas da Extremadura ou coisa parecida”.

Para o primeiro-ministro, “é imprescindível” que o Estado mantenha uma participação relevante numa transportadora aérea, mas tal não significa que caiba ao Estado “gerir a TAP no dia a dia”.

Admitindo que “a TAP utiliza insuficientemente o aeroporto Francisco Sá Carneiro”, no Porto, António Costa garantiu todo o financiamento público à empresa terá o “controlo necessário”.

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