“A Ryanair pediu desculpas” pelo “erro” de obrigar passageiros a desembarcar

Foi “um erro de assistência”. Uma fonte da Ryanair assegura que a empresa “pediu desculpas aos passageiros” que embarcaram no voo para o Porto, em Madrid, e foram obrigados a desembarcar porque o avião ia para Ibiza. A transportadora, agora, quer “perceber o que se passou”.

A Ryanair ainda “está a tentar perceber o que se passou” ontem à noite, quando os passageiros que tinham embarcado num voo para o Porto, no aeroporto de Madrid, foram obrigados a desembarcar porque aquele avião, afinal, ia para Ibiza.

Em declarações à Lusa, uma fonte oficial não identificada adiantou que, “devido a um erro de assistência na escala em Madrid, os passageiros embarcaram num avião com destino a Ibiza”, pelo que a transportadora irlandesa de baixo custo teve de admitir o erro e pedir desculpas aos passageiros.

“A Ryanair pediu desculpas aos passageiros por este atraso e está a tentar perceber o que se passou para assegurar que não se repita”, acrescentou o mesmo responsável.

“O que se passou”, segundo os próprios passageiros do voo FR5484, é que o avião foi evacuado já depois de ter fechado as portas e da tripulação ter transmitido as instruções de segurança.

Em declarações ao Jornal de Notícias, um dos passageiros revelou que o avião, cuja partida estava prevista para as 20h10 (hora local, menos uma em Portugal continental), só deixou Madrid pelas 23h59.

Ao dirigir-se aos passageiros, o comandante “disse que tínhamos de desembarcar para entrarem os passageiros com destino a Ibiza”, revelou José Marques.

A confusão foi inevitável. “Crianças, pessoas incapacitadas e idosos ficaram sem saber o que fazer. Instalou-se o caos, a polícia civil espanhola teve que intervir na porta C44 do T1 de Madrid e os passageiros ficaram inconformados com a decisão da companhia”, acrescentou a mesma fonte.

O passageiro lembrou que as pessoas estavam “cheias de fome, sem certezas das horas a que iam regressar a casa e sem compreender porque tinham de sair do avião”, o qual só descolou quando faltava um minuto para a meia-noite em Madrid.

Enquanto esperavam, os passageiros foram compensados com uma sanduíche, mas “nem sequer ofereceram água às crianças”, adiantou José Marques.