Nas Notícias

A Revolução dos ‘Cratos’, onde vai parar a educação?

Nuncrato

Não vale a pena bombardear o caro leitor com mais números, esses já são nossos conhecidos, qualquer notícia que lemos relativa a educação tem uma palavra em comum com a anterior, CORTES.

Por maiores ou menores que eles sejam, significam o mesmo, menos, a questão é: menos o quê? Por exemplo, se cortarmos metade do investimento do Estado na defesa, não querendo com isto dizer que seja bom ou mau, na realidade se o País não entrar em guerra, ou não tiver grandes missões além-fronteiras, a nível militar não causaria grandes danos. Obviamente que as questões internas também se aplicam à equação, mas, a ideia base seria esta. Veremos então as diferenças, ou seja, o que sucede na educação.

Cortando na educação podemos desde já antever uma situação, neste momento, a minha geração será a primeira geração que viverá com maiores dificuldades que a anterior.

Meus caros, podemos seguramente antever que se esta política continuar a próxima será não só a geração menos qualificada de sempre, como a que pior sairá do ensino, a que pior exemplos terá a nível político e educacional e será também aquela com que o Estado menos se preocupou e investiu.

Vimos este governo desde o início da sua legislatura deitar abaixo todas e quaisquer reformas do antigo governo, dizer que o Magalhães era péssimo para o ensino, que o Estado gastava demasiado dinheiro com o mesmo, até vimos o atual ministro da Educação abrir um inquérito sobre a licenciatura de outro ministro, a isto chama-se desgovernação. Porque se as primeiras medidas de acabar pela raiz com anteriores, reformas e medidas, mostram uma ideologia cega, fanática e arrogante, a segunda mostra-nos o desgoverno de quem nos (des)governa.

Neste momento, tiveram uma ideia genial, no fundo estão a meter de lado as ciências sociais. Ora bem, ciências sociais essas que muitas vezes ajudam a descobrir os buracos financeiros que a Economia não consegue, sozinha, prever. É capaz de não dar muito jeito nos próximos tempos.

Vivemos numa legislatura de transformação política, uma autêntica metamorfose governamental, até mesmo dentro do próprio governo, se calhar por uma questão de coerência devia lhe ter chamado refundação…

{loadposition inline}O futuro avizinha-se negro, menos educação, menos capacidade de escolha política de forma acertada e não ludibriável, por parte da população, ou seja, mais (des)governos e escolhas erradas, em suma, a entrada num ciclo vicioso de desinformação. Menos população qualificada para distinguir um plano eleitoral de outro, e mais pessoas a ouvir os economistas que dão na tv, nos gouchas e afins, que por venderem ou escreverem livros, conseguem influenciar a cabeça das pessoas, sem qualquer prova que o que está por detrás de defesas tão acérrimas de certas medidas estão as suas ideologias.

Vivemos numa sociedade em plena decomposição, e a única coisa que poderia parar isto seria a educação e a cultura, mas é mais fácil calar do que debater, portanto abaixo o ensino.

Pois bem, abaixo isso sim a morte da educação, da classe de professores, das instituições de ensino deste país e da cultura. Abaixo a morte do nosso País.

Em destaque

Subir