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A resposta para o canil sobrelotado do Seixal é… um novo

canil seixal

A Câmara do Seixal admite que o canil e gatil municipal está sobrelotado, mas revela que está a projetar um novo espaço. É a resposta da autarquia a uma denúncia que se tornou viral no Facebook, depois de uma veterinária ter entrado com quatro cães na sede do município.

Uma denúncia feita no passado dia 7 tornou-se viral no Facebook: na foto estava uma mulher, descrita como a veterinária municipal do Seixal, com quatro cães.

Na origem do escândalo esteve o local e o motivo da imagem. De acordo com a autora da denúncia, a veterinária municipal estaria em plena Câmara do Seixal, tendo levado os quatro cães como meio de forçar uma reunião com o presidente ou com o vereador responsável pelo canil e gatil municipal, que se encontra num estado de sobrelotação.

Em resposta ao PT Animal, a Câmara do Seixal admitiu que a estrutura está, efetivamente, com um problema de sobrelotação, embora salientando que está a tentar resolver o problema “no imediato”.

“Perspetiva-se no imediato o alargamento das instalações, mas a solução ideal será a edificação de novas instalações, algo em que a autarquia está empenhada e cujo projeto está a ser elaborado pelos serviços da Câmara Municipal do Seixal”, revelou Susete Filipe.

Na mesma resposta, enviada por escrito, a autarquia salientou que o canil e gatil municipal “é um espaço de alojamento provisório de animais”, estando a acolher e tratar “os animais capturados na via pública” desde 1992, sendo depois encaminhados para adoção.

“Tem assim na promoção da adoção um dos seus principais objetivos, dando nova vida a muitos cães e gatos abandonados ou vítimas de maus tratos, uma vez que a Câmara Municipal do Seixal tem uma postura de não abate, ao contrário da grande maioria dos canis e centros oficiais de recolha municipais a nível do país, que abatem os animais”, sublinhou a responsável.

Mesmo com essa promoção da adoção, a sobrelotação é um problema real: “Contudo, o canil/gatil recebe cada vez mais animais entregues pelos donos, por motivos como a emigração, a falta de recursos financeiros para assistência médico-veterinária, a mudança de tipo de residência ou as alergias das crianças. Apesar das inúmeras campanhas promovidas, que resultam, em média, em 350 adoções/ano, alguns animais vivem no canil há mais de cinco anos, o que motiva o problema de sobrelotação”.

“A autarquia tem também estabelecido diversos protocolos com associações que operam na área do bem-estar animal e que colaboram na divulgação das campanhas de adoção e conta com a colaboração de inúmeros voluntários que prestam apoio na manutenção do espaço, no acompanhamento dos animais e nas campanhas de adoção”, salientou ainda a Câmara do Seixal.

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