Desporto

Reação de Bruno de Carvalho à decisão do TAS, no caso-Doyen

O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, reagiu no Facebook à decisão do TAS – tribunal que condenou o clube de Alvalade, no caso-Doyen. O dirigente classifica o dia de de hoje como “muito triste para o futebol”.

“Próxima fase recurso. Próximo passo a manutenção acérrima pela luta por um futebol digno e credível”, escreve Bruno de Carvalho.

Nesta segunda-feira foi conhecida a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto, que condenou o Sporting a pagar 75 por cento do valor encaixado com a transferência de Marcos Rojo para o Manchester (o argentino permitiu um encaixe de 20 milhões de euros).

Bruno de Carvalho reagiu de forma violenta. “Tudo é possível quando se trata de futebol. Um mundo com o qual não me identifico e que cada vez mais me envergonha”, começa por escrever.

O Sporting vai recorrer da decisão do TAS e o presidente confirma essa intenção: “Próxima fase recurso. Próximo passo a manutenção acérrima pela luta por um futebol digno e credível.”

Mas o dirigente não encontra boa-fé nesta sentença. E fala num futebol onde “tudo vale” e “os ‘bandidos’ reinam”.

“O futebol não tem a mínima condição de se autorregular, com a sua disciplina e justiça a demonstrarem, constantemente, uma debilidade e uma permeabilidade perante um ‘sistema’ que teima em se querer manter vivo”, continua.

Bruno de Carvalho adota um discurso agressivo e envia mensagens para os sportinguista e para os “inimigos”.

“Quanto ao Sporting Clube de Portugal cá estaremos para resolver os vários obstáculos (…). Que os nossos inimigos nunca subestimem a força da razão e da perseverança. São estes momentos que nos redobram as forças e que ainda consolidam mais as nossas convicções”, aponta.

O momento difícil da equipa – que em menos de uma semana foi eliminada na Taça de Portugal, perdeu a liderança e perdeu o caso Doyen encaixa na próxima frase:

“Que não entremos em depressões inúteis e que quem hoje vier ‘cantar de galo’ não se esqueça que quando não se tem razão e se tem tantos telhados de vidro mais cedo ou mais tarde verá as suas acções estilhaçadas”.

Na sua longa mensagem, Bruno de Carvalho insiste nas críticas ao mundo de futebol, que “não pode nem deve ser tomado de assalto”.

“Os governos do mundo e a justiça comum já perceberam que tem de se colocar um fim num futebol que se transformou num subsistema opaco, cheio de negociatas, corrupção e onde a criminalidade, nomeadamente pagamento de luvas, apostas ilegais e lavagem de dinheiro, são acções a combater de imediato. Todas as histórias tem um fim. Neste caso estamos ainda no princípio”, conclui.

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