Nas Notícias

A política do Governo de Sócrates “foi a salvaguarda do interesse nacional”, diz Pinho

O ex-ministro da Economia Manuel Pinho afirmou hoje no parlamento que “a política do Governo”, que integrou liderado por José Sócrates, era a “salvaguarda do interesse estratégico nacional”, referindo-se à privatização da EDP.

Em audição na Comissão da Economia, Inovação e Obras Públicas, Manuel Pinho remeteu esclarecimentos sobre “os casos empresariais” para a comissão de inquérito às rendas excessivas, realçando que se tem ouvido falar em “embelezar a noiva”, mas que são temas sérios.

“A política do Governo foi a salvaguarda do interesse estratégico nacional”, declarou.

O antigo governante referia-se à privatização da EDP, que o antigo ministro da Energia Mira Amaral, naquela comissão, explicou que implicou medidas para “embelezar a noiva”, isto é, valorizar a empresa para depois a alienar a privados.

Hoje de manhã, o antigo ministro do governo de José Sócrates foi ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em Lisboa, tendo saído cerca de 45 minutos depois, tendo o advogado do ex-ministro da Economia Manuel Pinho, Ricardo Sá Fernandes, afirmado que o Ministério Público “deu sem efeito” a diligência marcada para hoje, no âmbito do caso EDP.

Com a abstenção do Bloco de Esquerda, o requerimento dos sociais-democratas para a audição parlamentar de hoje foi aprovado para que o antigo governante possa “esclarecer cabalmente” decisões tomadas enquanto esteve no governo, nomeadamente no setor energético, e o alegado relacionamento com o Grupo Espírito Santo (GES), segundo “suspeitas que têm vindo a público”.

Em maio, em comunicado, o advogado de Manuel Pinho, Ricardo Sá Fernandes, revelou que o ex-ministro, que deixou de ser arguido no caso EDP, estaria disposto a prestar “todos os esclarecimentos” aos deputados, mas só depois de ser interrogado pelo Ministério Público.

Em 19 de abril, o jornal ‘online’ Observador noticiou as suspeitas de Manuel Pinho ter recebido, de uma empresa do GES, entre 2006 e 2012, cerca de um milhão de euros.

Os pagamentos, de acordo com o jornal, terão sido realizados a “uma nova sociedade ‘offshore’ descoberta a Manuel Pinho, chamada Tartaruga Foundation, com sede no Panamá, por parte da Espírito Santo (ES) Enterprises –- também ela uma empresa ‘offshore’ sediada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas e que costuma ser designada como o ‘saco azul’ do Grupo Espírito Santo”.

Lusa

Partilhar
Publicado por
Lusa
Etiquetas: homeManuel Pinho

Artigos relacionados

Números do Euromilhões de hoje: Chave de sexta-feira, 10 de maio de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 10 de…

há % dias

Emprego atinge máximo histórico em Portugal apesar do aumento na taxa de desemprego

A Randstad Portugal acaba de publicar a sua análise aos resultados do Inquérito ao Emprego…

há % dias

Euro Dreams resultados: Chave do EuroDreams de quinta-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

10 de maio, começa a Bücherverbrennung, a queima de livros nazi

A Bücherverbrennung, que em português significa “queima de livros”, começou a 10 de maio de…

há % dias

Mais de metade dos portugueses não sabe qual é o valor normal de Índice de Massa Corporal

A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) está a divulgar os resultados do estudo “Os portugueses…

há % dias

9 de maio, é apresentada ‘Declaração de Schuman’, génese da União Europeia

Nove de maio é dia da Europa, que em 1950 conhece a ‘Declaração de Schuman’, documento…

há % dias