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A nova polémica de Jair Bolsonaro: “Máscaras causam efeitos colaterais”

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, voltou a causar polémica em torno da covid-19, agora ao citar “estudos”, sem “entrar em detalhes”, que alegadamente indicam que as máscaras causam “efeitos colaterais”.

“Começam a aparecer estudos – não vou entrar em detalhes, não é? – sobre o uso de máscaras. Num primeiro momento, uma universidade alemã fala que elas são prejudiciais para crianças e levam em conta vários itens, como irritabilidade, dor de cabeça, dificuldade de concentração, diminuição da perceção de felicidade, recusa em ir para a escola ou creche, desânimo, comprometimento da capacidade de aprendizagem, vertigem, fadiga. Então começam a aparecer aqui os efeitos colaterais das máscaras”, afirmou o chefe de Estado brasileiro, durante um direto no Facebook.

Bolsonaro fez as declarações sem apresentar qualquer informação sobre os estudos ou a citada “universidade alemã”. Também não precisou sobre os escalões etários a que se referia. Para explicar a falta de provas, respondeu que não daria detalhes sobre o estudo porque “tudo desagua em crítica” contra ele.

“Tenho a minha opinião sobre máscaras, cada um tem a sua, mas a gente aguarda um estudo mais aprofundado sobre isso por parte de pessoas competentes”, finalizou Bolsonaro.

O “uso generalizado de máscaras” é uma das principais recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) no âmbito da luta global contra a pandemia de covid-19.

De acordo com as recomendações da OMS, os menores até aos 5 anos não devem ser obrigados a usar máscara, tendo em conta “a segurança e o interesse global da criança” e “a capacidade em utilizar uma máscara corretamente com uma assistência mínima”.

Para as crianças entre os 6 e os 11 anos, a OMS aconselha o uso de máscara em linha com diversos fatores, como os níveis de transmissão da infeção na zona onde residem e a capacidade em utilizá-la corretamente e com toda a segurança.

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