José Sócrates reagiu com pesar à morte de João Araújo, advogado que o defendeu no processo Operação Marquês.
“João Araújo foi nos últimos anos um amigo e um companheiro leal que não esquecerei. Ele era um advogado corajoso e com uma profunda dedicação ao Estado de Direito Democrático”, adiantou o ex-primeiro-ministro, em declarações à agência Lusa.
“A sua morte deixa-me profundamente entristecido”, realçou José Sócrates.
De acordo com a funerária Servilusa, o velório do advogado realiza-se esta tarde, a partir das 17h30, na Basílica da Estrela, em Lisboa.
Na quinta-feira, haverá uma missa pelas 12h30, estando a cremação prevista para as 14h00, no Cemitério do Alto de São João.
João Araújo era um dos advogados, juntamente com Pedro Delille, de José Sócrates no processo Operação Marques, tendo estado ausente das últimas sessões do debate instrutório devido à doença.
Ao fazer as alegações, na semana passada, Pedro Delille destacou o trabalho árduo e a coragem de João Araújo em assumir a defesa do ex-primeiro-ministro.
O advogado padecia de doença oncológica, assumindo esse problema de saúde de forma pública e com o humor que o caraterizava.
Chegou a afirmar que não morreria sem que José Sócrates fosse libertado.
“Não morro sem libertar o meu cliente”, disse João Araújo, que representou o antigo primeiro-ministro durante cinco anos.
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