Cai por terra o sonho da cura da sida, na “menina do Mississipi”. A criança, hoje com 4 anos, fez análises há dias que comprovaram o regresso do vírus. Os médicos consideram agora que o que fora visto como cura era, afinal, um enfraquecimento do VIH.
Foi um caso de esperança na luta contra a sida: era bebé, estava infetada com o vírus, mas tinha sido considerada curada. Era o primeiro caso de sempre de cura funcional.
A criança que tinha sido contaminada pela mãe, que desconhecia estar infetada com o VIH, durante a gravidez.
A “menina do Mississipi”, como ficou conhecida, tem hoje 4 anos e, afinal de contas, não está curada. Análises realizadas há dias comprovaram que transporta o vírus da sida.
Os virologistas sustentam que o que fora visto como cura era, afinal, um enfraquecimento do vírus.
Estas análises comprovaram que o vírus não está em remissão e representam um revés para os investigadores, que acreditavam ter encontrado forma de combater o vírus, de curar uma pessoa com sida.
“Os resultados [às análises da menina do Mississipi] são naturalmente dececionantes”, confessou em conferência de imprensa Anthony Fauci, responsável do Instituto Nacional dos Estados Unidos para a Alergia e Doenças Infeciosas.
Recorde-se que depois da menina do Mississipi houve um outro caso semelhante: uma segunda bebé que nasceu em 2013 com o vírus VIH deixou de apresentar indícios de ter a infeção, após um tratamento.
A menina do Mississipi deixou de receber tratamentos, durante mais de dois anos, sendo que nunca voltou a apresentar sinais da doença.
Foi ‘vítima’ de uma gravidez sem acompanhamento médico e só após o nascimento começou a receber tratamentos antirretrovirais.
Depois de tratada até aos 18 meses, deixou de ser acompanhada. Mas, para surpresa dos médicos, o vírus da sida não estava presente. Até à semana passada.
Os médicos acreditam que os antirretrovirais possam enfraquecer o vírus, mas não eliminá-lo.