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A liga era de campeões, mas o Benfica mostrou um estranho espírito derrotista

nico gaitan 1 O Benfica reincidiu e mostrou uma fraca imagem, na Liga dos Campeões, sendo derrotado pelo Bayer Leverkusen, por 3-1, no BayArena, em Leverkusen, nesta quarta-feira, na segunda jornada do Grupo C. Salvou-se um remate certeiro numa das raras ocasiões de golo criadas. E sobrou uma estranha apatia de uma equipa sem ambição.

Depois de derrotado pelo Zenit no Estádio da Luz, na primeira jornada da Champions, o Benfica estaria ‘obrigado’ a mostrar que não foi por acaso que chegou a duas finais europeias, nas últimas duas épocas.

Mas a turma de Jesus não conseguiu mostrar nada à Europa. Aliás, não mostrou nada aos adeptos, certamente desiludidos com esta estranha apatia, diante de um adversário forte, que não fez mais do que juntar o útil (a sua qualidade) ao agradável (um rival com a mania das grandezas).

Jorge Jesus fez muitas alterações no onze e lançou Cristante às feras, poupando Lima e Maxi – André Almeida tem sido uma pedra forte, mas com o poder ofensivo de Maxi, Salvio rende muito mais e o Benfica ganha poder ofensivo.

Mas os problemas do Benfica passaram sobretudo pela velocidade dos jogadores do Bayer Leverkusen, aparentemente mais motivados do que um rival amuado, que não gostou de se ver a perder – onde se viu o estatuto do quinto classificado do rankng de clubes da UEFA?

As estatísticas não mentem: ontem, o Benfica fez dois remates em todo o jogo e apenas um deles foi à baliza. Autoria de Salvio, que marcou o único golo encarnado. A equipa de Jesus equilibrou a posse de bola porque os alemães quiseram que assim fosse, depois do 3-1.

Mas mesmo com a bola, os encarnados não sabiam como desmontar a teia adversária, jogando devagarinho, como quem espera pelo minuto 90.

Estranhou-se a postura de uma equipa que pode, deve e precisa de somar pontos na Liga dos Campeões, por questões financeiras e não só.

Com esta derrota, com este comportamento conformista, o Benfica mostra que tem muito poucas hipóteses de fazer jus à sua história e arrisca-se a cair no primeiro ‘round’, uma vez mais.

Uma nota para a defesa, que comprometeu, uma vez mais. E Júlio César parece não trazer nada de novo. De positivo? O remate certeiro de Salvio e a jogada que antecedeu o golo.

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