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A forma de actuar da Câmara de Gaia

gaia passadicogaia1 – Reconheço que tenho sido crítico na condução dos destinos da Câmara Municipal de Gaia (CMG), nada tenho de pessoal contra o seu presidente, de quem sou amigo e recentemente me apresentou o meu último livro e demais figuras do executivo. Tenho uma excelente relação com o presidente da Assembleia Municipal, Albino Almeida que ainda recentemente esteve presente num debate no Clube dos Pensadores com Teixeira dos Santos, ex-ministro das Finanças do governo de José Sócrates.

Porém essas críticas são sempre feitas no intuito de melhorar Gaia e do melhor para Gaia.

A teoria de muitos, que é preciso dar tempo ao tempo e que ainda não se pode tirar conclusões e ver resultados, quanto a mim é um cliché e é enganador. Em política, vê-se tudo muito depressa e com o decorrer do tempo é tudo para ontem, como costumo dizer. Se esperamos muito tempo ou adiamos ficamos ultrapassados pelos acontecimentos e damos uma imagem de fraqueza, desatenção e brandura que não é consentânea com uma liderança forte e eficaz. A condução dos destinos da CMG não tem sido a melhor, parece que vai aos solavancos, não há um rumo e vai ao sabor do momento e dos ventos. Numa instituição como a CMG é muito importante ter mecanismos de feedback, para auscultar a opinião dos cidadãos para a melhoria dos serviços e ideias a pôr em prática, aliás, isso constou no programa eleitoral do PS.

Esta semana saiu uma notícia a dizer que se vai limpar as praias e a costa de Gaia. A notícia no JN não está bem estruturada pois deveria ter ouvido a oposição e as forças vivas da sociedade civil. A jornalista em causa deveria saber e ter lido que há gente atenta em Gaia, em que já tinha alertado para esta situação das praias terem um ar abandonado e desolador. Fi-lo no meu blogue e no Facebook.

A actuação da CMG peca por tardia pois além da perda de muito material, parte por roubo, parte por destruição da força do mar é inadmissível e ficará oneroso a todos nós gaienses, que temos como ex-libris, a nossa costa e as nossas praias limpas, com estruturas de apoio das melhores de Portugal, tendo todas as praias, bandeira azul.

A ideia que eu tenho é que não se pode governar pelos jornais. Quem fazia isso, muitas vezes, era Luís Filipe Menezes. Acho bem que se informe do que se vai fazer, mas espero, que dentro em breve se faça um balanço do que foi feito e resultados. Estou cansado de inaugurações, de lançamento da primeira pedra e depois nunca mais se vê o edifício. Vem isto a propósito que é importante informar o que se vai fazer, mas tão ou mais importante, à posteriori, uma análise detalhada e balançada do que se fez, o que ficou por fazer e objectivos atingidos. Não chega dizer que se vai fazer…

2 – Depois de alguns alertas em artigos de opinião, quer no meu blogue (O que faria se fosse presidente de Câmara de Gaia), quer no PT Jornal (As dívidas da Câmara de Gaia; Marés Vivas; Criticar ou não criticar) recentemente criei no meu blogue uma rubrica CIVA (Centro de Investigação da Vida Alheia), inspirada num livro que li de Mário Vargas Llosa. Esta rubrica é feita por mim e vários membros do Clube que me fazem chegar informação, depois é devidamente analisada, seriada e confrontada com a verdade, por fim publicada.

Numa das rubricas CIVA, do dia 14 de Fevereiro alertava entre outras coisas que o passadiço na frente do mar estava tudo ao deus-dará, passível de roubo, e nem sequer se dignaram arrumar o que ficou para recompor de novo, sendo um perigo para os cidadãos de Gaia. Acrescentando que o mau tempo não serve de desculpa para tudo e em tempo de penúria é preciso saber separar o essencial do acessório.

Li com agrado passados uns dias que os militares vão colaborar na limpeza da costa de Gaia. É uma boa ideia, mas não é nova, os militares sempre estiveram prontos para este tipo de actividades assim como outras prementes e imprescindíveis: controlo de incêndios; limpeza de matas; etc. E essas tarefas podem também, por exemplo, ser desempenhadas por quem aufere rendimento mínimo de inserção social, voluntários, etc.

Por outro lado, não se pode tentar vincar e fazer ver a importância da presença do Regimento de Artilharia da Serra do Pilar em Gaia por limpar a costa, mas sim, pela sua situação privilegiada, com boas instalações para manter a concentração das forças militares em Gaia e não noutro local.

A limpeza realizada pela empresa pública Águas de Gaia que está fundida com o Parque Biológico desde 1 de Janeiro de 2011 originado a empresa – Águas e Parque Biológico de Gaia, EEM. Esta nova empresa segundo os seus desígnios, foi criada, para ampliar a visão de uma mais completa e mais integrada política ambiental, tirando partido das potencialidades concertadas dos recursos humanos existentes, dos equipamentos e da experiência e conhecimento acumulados, projectando-a para um reforçado nível de equilíbrio financeiro, redução de custos, maior satisfação das necessidades e exigências da população e para a melhoria da qualidade ambiental de Gaia.

É sua obrigação e seu dever destacar pessoal para esse serviço. O que me mete confusão como cidadão de Gaia é uma empresa como as Águas de Gaia que distribui água sem concorrência, tendo o seu monopólio, apresentar prejuízos avultados e mesmo assim dar emprego a gente do anterior executivo! Uma verdadeira aberração e desvario.

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