O que é viver? O que significará a existência do ser humano? Quem é que nós somos afinal?
Atualmente, temos assistido cada vez mais à evolução da ciência, a cada dia que passa novas tecnologias são criadas, a cada 24 horas que vivemos neste mundo novos modelos de telemóveis são inventados modelos que, acabam sempre por ser mais avançados. Mas então e nós? Que evolução é que o ser humano terá tido ao longo do tempo? Como é que nós podemos considerar sermos seres racionais? Quem somos nós afinal? Nos dias de hoje, a nossa existência resume-se a números e tecnologias, o ser humano está a perder cada vez mais a sua essência, ou seja, torna-se cada vez mais difícil para nós pensar enquanto pessoas racionais. A filosofia tem um papel crucial na nossa sobrevivência, caso contrário, o que seria da nossa sociedade se não existisse?
Quem nos disse que nós somos Seres? Quem nos garante que nós somos O SER HUMANO? Quem nos garante que a Natureza não é superior a nós? Temo estar a ser um pouco panteísta, mas de facto, nada nos garante que a essência do SER não está na Natureza. Este problema é um problema que engloba também o dogmatismo que os humanos tendem a ter, porque é que nós temos de ser o centro do mundo? Estas questões levantam o problema do que será realmente a existência humana. O ser humano tende a estar sempre muito agarrado às coisas “básicas”, tudo o que pode ser adquirido sem raciocínio e sem esforço é o mais valorizado. Como é que podemos adquirir o pensamento? O que será pensar? Será que, lá no fundo, não temos curiosidade em saber a verdadeira razão da nossa existência? Muito possivelmente apenas uma minoria de nós o pretende saber, pois nós tendemos a ter medo do desconhecido, tudo o que não é hábito assusta-nos, mas então porque é que isso acontece? Mas afinal o que é o desconhecido? Para estas perguntas nunca conseguiremos formular uma resposta “objetiva”, será que é por isso que se torna tão difícil para os humanos adquirirem um raciocínio de pensamento? Ao longo dos séculos, ficamos habituados cada vez mais a obter todas as respostas de formar exata. Tal como Hannah Arendt referiu: “Com a ascensão da era moderna, o pensamento tornou-se principalmente servo da ciência, conhecimento organizado…” Assim associamos, na maior parte das vezes, o pensamento a números e cálculos, deixando assim a “filosofia” de parte, pois não temos a capacidade para entendê-la e também não fazemos o mínimo esforço para ir mais além.
Muitas vezes temos medo de libertar o nosso pensamento e deixarmo-nos levar sobre o que irá acontecer posteriormente. A “ânsia” do Humano pelo conhecido leva-o a recear e a temer o desconhecido. Como é possível que ao longo do tempo tenhamos perdido tanto a nossa essência? Os filósofos da Grécia antiga, podiam não ter o conhecimento científico que temos atualmente, mas será que por essa razão eles deixavam de se questionar acerca do que seria realmente a origem da sua existência? Como é que nós podemos considerar o Humano “o centro do mundo”, quando no fundo somos como as crianças que à noite não conseguem dormir sem a luz acesa? Isto é, como é que podemos continuar a viver enquanto se torna cada vez mais difícil refletirmos acerca de quem nós realmente somos? Tal como Hannah Arendt referiu no livro “A vida do Espírito Volume I – Pensar”, “o pensamento aspira e termina na contemplação, e a contemplação não é uma atividade mas uma passividade; é o ponto em que a atividade do espírito vem ao repouso.” Não precisamos de muita coisa para conseguirmos pensar e refletir acerca de quem realmente somos, ao encontrarmos o silêncio e a paz de espírito, estamos também a encontrar a nossa alma. É no silêncio e na contemplação que o pensamento mora.
Entramos e saímos deste mundo como “o nada de coisa nenhuma” e o “nada de ninguém”, respiramos, crescemos, vivemos sem nunca ter uma evolução interior, pois cada vez mais estamos limitados ao que nos é imposto, e temos muitas vezes receio de questionar o conhecido… Preferimos seguir a linha habitual, do que tentarmos SER diferentes enquanto Humanos. No fundo, estamos a regredir cada vez mais. Que diriam filósofos como Aristóteles, Sócrates, Kant e até mesmo Hannah Arendt se atualmente vivessem na realidade em que estamos inseridos?
Ao longo dos séculos temos caminhado para a nossa autodestruição, nós que achamos ser o centro do mundo, nós que pensamos que conseguimos mandar em tudo e todos. Aniquilamos cada vez mais o pensamento filosófico, pois o que prevalece mais são as coisas objetivas, simples e básicas. Poderíamos questionar e refletir sobre os nossos problemas existenciais, afinal, o que é a alma? Será que há vida depois da morte? Mais uma vez, eliminamos estas questões pois não conseguimos prevalecer perante o desconhecido, que nos assombra e assusta.
Quem seremos nós afinal?
“Neste mundo em que entramos, aparecendo vindos de parte nenhuma, e do qual, desaparecemos para parte nenhuma, Ser e Aparência coincidem.” [Hannah Arendt]
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