Num discurso perante jovens, em Nairobi, no Quénia, o Papa Francisco apelou aos jovens para resistir à tentação. Lembrou que a corrupção – “que é doce” e “fácil” – deve ser banida.
No terceiro dia de visita ao Quénia, o Papa falou de corrupção e convidou os jovens a “resistir à tentação”.
Era o derradeiro evento público do Papa Francisco, na sua visita ao Quénia, e o Sumo Pontífice escolheu a corrupção como tema forte, para instar os jovens a não cair nesse erro.
Perante dezenas de milhares de jovens, nesta quinta-feira, no Estádio Kasarani, em Nairobi, o Papa assumiu que “também no Vaticano há casos de corrupção”. E arrancou sorrisos, com uma metáfora curiosa, sobre a tentação da corrupção.
“A corrupção é algo que se entranha no nosso corpo. É como o açúcar. É doce. Nós gostamos… É fácil”, afirmou Francisco.
Antes de se encontrar com os jovens, visitou um bairro pobre da capital e condenou as “injustiças” de quem é vítima da “minorias que concentram riqueza”.
“Cada vez que aceitamos um suborno e o guardamos no bolso, destruímos o nosso coração, a nossa personalidade, o nosso país”, continuou o Papa Francisco.
E não terminou a sua mensagem para incentivar os jovens a exigir os seus direitos.
“Aqui está uma pergunta que vocês devem fazer às autoridades: se um jovem não tem trabalho, se não pode estudar, o que faz? Torna-se num delinquente? Ou cai na dependência das drogas? Será que se suicida?”, questionou.
A resposta passa por um “envolvimento dos jovens em atividades que lhes mostrem um propósito na vida, que os comprometa, que os seduza”.
A visita do Papa ao Quénia terminou nesta sexta-feira. Foi a primeira vez que um líder da Igreja Católica visitou aquele país, nos últimos 20 anos.
Francisco vai agora visitar o Uganda, com uma mensagem de esperança na bagagem.