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A aspirina combate químico responsável pelo cancro, diz nova pesquisa

Aspirina_9Segundo um estudo, a aspirina pode ser eficaz no combate ao cancro, já que reduz os níveis de um químico presente no corpo humano e que é considerado um ‘motor’ do desenvolvimento da doença. Este não é o primeiro estudo que associa aquele fármaco à prevenção do cancro.

Estudo publicado na ‘Cancer Epidemiology, Biomarkers, and Prevention’ faz uma ligação entre a toma da aspirina e menor risco de cancro.

Uma investigação do Huntsman Cancer Institute, situado em Salt Lake City, nos Estados Unidos, conclui que o analgésico mais consumido do mundo tem a faculdade de diminuir riscos de cancro colorretal e que também é eficaz no tratamento de outros tumores.

Os investigadores estimam que aquele fármaco possa baixar de forma substancial a presença de um químico que é responsável pelo desenvolvimento do cancro. Citados pelo Daily Mail, apontam uma quebra de 34 por cento da presença daquele fármaco.

“Esta pesquisa sugere que a aspirina desempenha um papel fundamental na interrupção de múltiplos processos ligados ao desenvolvimento de cancro”, afirma Cornelia UIrich, a principal autora do estudo.

Para a realização da pesquisa, os investigadores contaram com a participação de 40 voluntários, todos eles saudáveis, que durante 60 dias tomaram Aspirina. O efeito foi a diminuição assinável daquele químico responsável pelo cancro.

Uma pesquisa anterior, realizada em 2014 pela Universidade Queen Mary, em Inglaterra, também comprovou uma relação entre a toma da aspirina e a redução de alguns tipos de cancro.

A pesquisa britânica (publicada na revista Annals of Oncology) estima que, se a partir dos 50 anos de idade se tomasse todos os dias uma aspirina, ao longo de 10 anos, seriam evitadas mais de cem mil mortes.

Relativamente aos cancros do intestino, estômago e esófago, os riscos podem ser reduzidos até 40 por cento, num cenário em que há toma do medicamento todos os dias a partir daquela idade.

Mas outros tipos de cancro (mama, próstata e pulmão) podem ser evitados. Porém, os investigadores ficaram com menos certezas, nestes casos.

Jack Cuzick, coordenador da pesquisa e investigador na Universidade Queen Mary, acredita que os pacientes com cancro poderiam obter benefícios caso tomassem uma aspirina diária.

Os investigadores concluíram também que o medicamento, tomado naquelas quantidades, pode provocar efeitos secundários, sendo o sangramento interno aquele que é considerado o mais grave.

O medicamento já tinha sido associado à prevenção de alguns tipos de cancro, nomeadamente do estômago e do intestino. Nessas pesquisas, apresentou uma redução de riscos estimada em 40 por cento.

Uma terceira pesquisa, anterior a 2014, concluiu que tomar uma aspirina por mês pode reduzir em 26 por cento o risco de incidência de cancro do pâncreas. No entanto, os autores do estudo não pretendem encorajar ao consumo desta substância ou de paracetamol.

Os consumidores de aspirina devem ter precauções. Em primeiro lugar, porque o fármaco não deve ser utilizado como forma de prevenir o cancro de pele (nenhum médico o prescreveria para este efeito).

Em segundo lugar, porque a aspirina também pode apresentar efeitos secundários.

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