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A 11 de setembro, o Estado Islâmico vai ter “guerra” da Al-Qaeda

Ayman al-Zawahiri

No aniversário do maior atentado terrorista da história, a Al-Qaeda declarou “guerra” ao Estado Islâmico. O inimigo número um dos EUA, depois do 11 de Setembro, escolheu como alvo o outro grupo terrorista que também é perseguido pelos norte-americanos.

Quem diria que o grupo terrorista responsável pelo 11 de Setembro, o maior atentado terrorista da história, iria estar numa guerra ao lado do país onde ocorreu esse atentado, os EUA?

No mesmo dia em que se assinalam os 14 anos desde o 11 de Setembro, o dia em que o mundo viu a queda das Torres Gémeas de Nova Iorque, o grupo que planeou esse atentado, a Al-Qaeda, declarou “guerra” ao conjunto terrorista que lhe roubou o protagonismo nos anos mais recentes: o Estado Islâmico (ISIS, na sigla internacional).

O sucessor de Osama bin Laden como líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, proferiu um discurso através do rádio em que acusou o responsável máximo do ISIS, Abu Bakr al-Baghdadi, de “insubordinação”.

“Todos ficaram surpreendidos quando al-Baghdadi se proclamou como o quarto califa da história islamita sem consultar ninguém”, explicou Zawahiri, citado pelo The Mirror.

Tal como na política se luta pelos ‘tachos’, os terroristas da Al-Qaeda não gostaram de ver os ‘irmãos’ do ISIS reivindicarem um califado só para eles: “Preferimos falar o mínimo possível, centrados na preocupação de extinguir o fogo da insubordinação, mas al-Baghdadi e os seus irmãos não nos deixam outra opção, pois exigiram que todos os guerrilheiros renunciassem às alianças e jurassem aliança ao que dizem ser um califado”.

A história recorda-nos que o ISIS começou por ser um dos muitos braços da Al-Qaeda, mas há cerca de dois anos, já depois da morte de Osama bin Laden (oficialmente executado pelos EUA em 2011), autonomizou-se e ganhou relevância no Médio Oriente, sendo atualmente a organização terrorista mais temida a nível mundial.

Nos países onde ambas as forças estão presentes, como Afeganistão e Paquistão, são frequentes as disputas (armadas, claro) por território e influência.

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