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83% dos portugueses aprovam proibição do uso de telemóveis nas escolas

A empresa de estudos de mercado Netsonda realizou um estudo junto à população portuguesa com o objetivo de averiguar as opiniões sobre proibição do uso dos telemóveis nas escolas pelos alunos do 1.º ou 2.º ciclo.

O estudo foi realizado junto de uma amostra de 440 inquiridos representativos da população portuguesa entre os 18 e os 64 anos. E revela que a vasta maioria dos portugueses apoia a proibição do uso de telemóveis nas escolas para alunos do 1.º e 2.º ciclos.

De acordo com os dados recolhidos, 50% dos inquiridos concorda totalmente e 33% concorda com a implementação desta medida nas escolas até ao final do 2.º ciclo. Apenas 8% discorda desta proibição.

O estudo da Netsonda mostra que as gerações mais velhas, como os Baby Boomers (56%) e a Geração X (58%) expressam um maior apoio total a esta proibição do que as gerações mais novas, como os Millennials (47%) e a Geração Z (33%).

É importante sublinhar que este grau de apoio à proibição do uso telemóveis é idêntico entre pais de filhos em idade escolar (do 1.º ao 12.º ano) e o resto da população (83% concordam ou concordam totalmente, em ambos os casos).

Impacto dos telemóveis na sala de aula

Além disso, 95% dos inquiridos acreditam que o uso de telemóveis contribui para a distração dos alunos em sala de aula. Este resultado sublinha uma preocupação crescente sobre o impacto negativo dos dispositivos no ambiente educativo.

A Geração Z (18 aos 28 anos), constituída por indivíduos que cresceram com estes dispositivos, tem uma perceção bem mais moderada. Enquanto 70% da população geral considera que o uso dos telemóveis contribui muito para a distração na sala de aula, apenas 54% da Geração Z partilha esta opinião mais extremada.

81% considera que o uso controlado pode trazer benefícios educacionais

Ainda assim, e em termos gerais, quase metade (48%) dos participantes reconhecem que o uso controlado de telemóveis na escola pode oferecer muitos benefícios educacionais e 33% acredita que pelo menos pode trazer alguns benefícios.

Entre os que têm filhos em idade escolar, 77% acreditam que este tipo de utilização pode ser vantajoso, sublinhando a importância de encontrar um equilíbrio no uso destes dispositivos.

Preocupações dos pais com o desempenho académico

Entre os pais com filhos em idade escolar (do 1.º ao 12.º ano), 81% expressam preocupação com o impacto dos telemóveis no desempenho académico dos seus filhos.

A maioria dos pais (85%) impõe regras para limitar o uso de telemóveis. No entanto, e apesar da preocupação com o impacto que estes dispositivos podem ter, apenas 15% dos pais com filhos em idade escolar afirmam estabelecer regras ou limites muito rigorosos para o uso de telemóveis.

Os resultados deste estudo refletem um consenso significativo entre os portugueses sobre a necessidade de restringir o uso de telemóveis nas escolas.

Ao mesmo tempo, há um reconhecimento crescente de que, quando usados de forma controlada, estes dispositivos podem ter um papel positivo no processo de aprendizagem.

A discussão em torno do uso de telemóveis na educação está longe de terminar, mas este estudo sugere que a utilização controlada pode ser um passo importante para melhorar o foco e a performance académica dos alunos.

FICHA TÉCNICA

Fonte: Barómetro Netsonda, estudo “Uso de telemóveis nas escolas portuguesas”.
Metodologia: 440 entrevistas online, junto da comunidade Netsonda.
Target: Amostra representativa da população portuguesa dos 18 aos 64 anos.
Trabalho de Campo: 12 a 22 de setembro de 2024.

Universo: O universo deste estudo é constituído por indivíduos com acesso à internet de ambos os sexos com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos, residentes em Portugal Continental.

Amostra e modo de seleção: A amostra de estudo é constituída por 440 entrevistas com a seguinte distribuição:

  • Sexo: Masculino – 50%; Feminino – 50%;
  • Idade: 18-24 anos – 14%; 25-34 anos – 16%; 35-44 anos – 21%; 45-54 anos – 25%; 55-64 anos – 24%;
  • Região:Grande Lisboa – 18%; Grande Porto – 10%; Litoral Norte – 20%; Litoral Centro – 19%; Interior Norte – 21%; Sul – 13%.

A seleção dos participantes foi efetuada aleatoriamente, com base no Painel Online de Consumidores da Netsonda, tendo sido efetuada através do método de quotas, tendo em consideração as variáveis: Sexo, Idade e Região.
O erro de amostragem deste estudo de mercado, para um intervalo de confiança de 95%, é de +/- 4.67%.

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