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79% dos portugueses preocupados com a perda de rendimentos

Dados do estudo da BNP Paribas Cardif, intitulado “Protect & Project Oneself”.

  • A maioria dos portugueses admite que acontecimentos inesperados não lhes permitiria manter o seu nível de vida atual ou o da sua família.
  • Portugueses manifestam mais preocupações relativamente ao crédito em comparação com o resto da Europa.
  • O conhecimento dos produtos de seguro de crédito diminuiu significativamente desde 2019 (60%, -21 pts).

Numa era pós-pandemia, há múltiplas crises a afetar a Europa e que têm impacto direto na vida dos cidadãos. Conforme revela o estudo da BNP Paribas Cardif, intitulado “Protect & Project Oneself”, há cinco temas que estão a preocupar os portugueses: o poder de compra (93%); conflitos internacionais (91%); as alterações climáticas (85%); o aumento das taxas de juro (79%) e o desemprego (76%).

O nível de preocupações e a sua intensidade são ainda muito elevados em comparação com o resto da Europa: para 16 dos temas (entre 17), mais de dois terços da população declara-se preocupada e, para 10 dos temas, mais de um terço “muito preocupados”. As preocupações mais comuns continuam a ser as mesmas que em 2019, mas a registar subidas: perda de rendimentos (79%), doença grave (64%) ou acidente (51%).

A maioria dos portugueses (muito mais do que no resto da Europa) admite que acontecimentos inesperados não lhes permitiria manter o seu nível de vida atual ou o da sua família: 70% se morressem; 69% se perdessem o emprego (sendo esta situação percecionada como um risco atual por 42% da população); e 68% se tiverem de reduzir o horário de trabalho por razões médicas.

A proteção dos portugueses

O sentimento de estar bem protegido melhorou significativamente em Portugal (63%, +13pts), no entanto continua a ser inferior ao da Europa (70%).

Comparativamente com 2019, os portugueses expressam um desejo mais forte de melhor proteção contra a maioria dos riscos, com os maiores aumentos para acidentes (+17pts), doenças graves (+12pts), hospitalização (+11pts) e catástrofe natural (+5pts). Globalmente, são mais exigentes quanto ao aumento da cobertura do que os seus homólogos europeus.

Além disso, a disponibilidade para contrair um empréstimo é mais forte do que na Europa para projetos “pesados” (compra de um imóvel ou início de um novo negócio), mas é menor para os projetos “ligeiros” (realização de obras, deslocação para outra região, férias).

A compra de um imóvel continua a ser a primeira motivação para um crédito, com considerações estáveis em relação a 2019 (69%).

Embora a vontade de contrair um empréstimo tenha diminuído para a compra de um automóvel (-7pts), aumentou para outros projetos como o tratamento médico (+11pts), os estudos dos filhos (+9pts), a frequência de um curso(+6pts), mudança de residência para outra região ou país (+4pts).

Preocupações com o crédito

Por outro lado, os portugueses manifestam também mais preocupações relativamente ao crédito: a subida das taxas de juro (44%); os riscos de reembolso dos empréstimos hipotecários/créditos existentes; e as dificuldades de reembolso do crédito existente (35%).

Sobre o conhecimento dos produtos de seguro de crédito, o valor diminuiu significativamente desde 2019 (60%, -21pts). Assim, são menos numerosos os que adquiriram este tipo de produto (13% vs 19% em 2019).

Já os benefícios dos produtos de seguros são bem percebidos e até melhoraram em termos de capacidade de tranquilizar (83%, +6pts), de os levar a querer realizar os seus planos (77%, +5pts), de lhes permitir manter o seu nível de vida (77%, +5pts) e de facilitar os seus projetos (79%, +3pts).

No que diz respeito aos benefícios apontados em relação ao seguro de crédito estão: dar segurança ao contrair um empréstimo (85%), na preservação do que é seu (84%) e na proteção dos entes queridos (84%).

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