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7 de junho, Portugal e Espanha assinam o Tratado de Tordesilhas

A 7 de junho de 1494, Portugal e Espanha rubricam o Tratado de Tordesilhas, que divide o mundo novo em duas partes, para as Coroas portuguesa e espanhola, donas das terras descobertas e por descobrir.

Na povoação castelhana de Tordesilhas, é assinado em 1494 o tratado com o mesmo nome, que consistiu num acordo entre o Reino de Portugal e o Reino da Espanha (recém-formado) de divisão das terras do mundo. Todos os territórios fora da Europa pertenceriam às Coroas ibéricas.

Este tratado nasce após a contestação portuguesa às pretensões da Coroa espanhola, decorrentes da viagem de Cristóvão Colombo. Cerca de um ano e meio antes, Colombo chegara ao chamado ‘Novo Mundo’, reclamando-o oficialmente para Isabel, a Católica.

Com este acordo entre os reinos da península, estabeleceu-se uma linha de demarcação, a 370 léguas a oeste da ilha de Santo Antão no arquipélago de Cabo Verde. Essa linha situava-se entre estas ilhas (portuguesas, na altura) e as ilhas das Caraíbas, descobertas por Colombo.

A Portugal pertenciam os territórios a leste desse meridiano, sendo que as terras localizadas a oeste seriam posse de Espanha. Assinado a 7 de junho de 1494, o Tratado de Tordesilhas viria a ser ratificado por Espanha a 2 de julho e por Portugal a 5 de setembro do mesmo ano.

A “questão das Molucas” viria a determinar, anos mais tarde, que o outro lado da Terra fosse dividido, assumindo como linha de demarcação, a leste, o antimeridiano (correspondente ao meridiano de Tordesilhas), pelo Tratado de Saragoça, a 22 de abril de 1529.

Este acordo surge num momento em que ocorre a transição entre a hegemonia do Papado e a afirmação do poder singular e secular dos monarcas nacionais.

Os originais de ambos os tratados estão conservados no ‘Archivo General de Indias’, em Espanha, e no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Portugal.

Nasceram a 7 de junho Étienne Pasquier, jurista e escritor francês (1529), James Young Simpson, médico britânico (1811), Alois Hitler, pai de Adolf Hitler (1837), Paul Gauguin, pintor francês (1848), Philipp Lenard, físico austríaco (1862), Tom Jones, cantor e compositor galês (1940), Muammar Kadafi, ex-presidente da Líbia (1942), William Forsythe, ator norte-americano (1955), e Prince, músico norte-americano (1958).

Morreram a 7 de junho o Papa Vigílio (555), Franz Xaver Gruber, compositor austríaco (1863), Alan Turing, matemático e cientista britânico (1954), e António Livramento, jogador português de hóquei em patins (1999).

Morreram ainda Anne Bancroft, atriz norte-americana (2005), e Jorge Semprún, escritor, intelectual, político e guionista cinematográfico espanhol (2011).

Hoje, assinala-se o Dia da Liberdade de Imprensa.

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