O presidente executivo da Dense Air, Paul Senior, afirmou hoje que “há um atraso no 5G em Portugal”, mas rejeitou que tal seja responsabilidade da empresa, adiantado estar “muito próximo” de uma solução com Anacom.
“Há um atraso no 5G [quinta geração] em Portugal”, afirmou Paul Senior, quando questionado sobre o assunto, numa conferência com jornalistas na sede da empresa em Lisboa.
“Não por causa da Dense Air, mas porque a mudança na faixa não aconteceu”, disse, aludindo à migração da frequência de 700 MHz da televisão digital terrestre (TDT).
Em declarações à Lusa à margem da conferência, Paul Senior adiantou que há países que estão mais atrasados do que Portugal, manifestando-se otimista face à situação do país, que apontou estar “no meio” do processo comparativamente aos restantes.
A Dense Air Portugal, operadora que fornece serviços de extensão e densificação de redes móveis, tem uma licença da faixa 3,5 Gigahertz (GHz), obtida em 2010, a qual é necessária para o desenvolvimento da 5G.
Esta faixa terá de ser reconfigurada, permitindo acomodar os operadores. A Dense Air Portugal está “em conversações” com a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) para ser encontrada uma solução.
“Estamos muito próximos de uma solução”, afirmou Paulo Senior, adiantando esperar que tal esteja concluído “antes do Natal”, já que a empresa pretende que o 5G arranque o “mais rapidamente” possível no mercado português.
Por sua vez, o diretor-geral da Dense Air Portugal, Tony Boyle, garantiu que a empresa está a “cooperar” com a Anacom.
“Queremos que o 5G comece rapidamente” para que a empresa arranque com os seus serviços, acrescentou Paul Senior.
“É do nosso interesse que comece o quanto antes”, sublinhou o gestor.
O modelo de negócio da Dense Air assenta na cobertura de rede dentro de edifícios, nomeadamente para o 5G, sendo que a empresa não pretende concorrer com os operadores de telecomunicações, mas antes trabalhar em parceria.
Ou seja, as operadoras constroem as infraestruturas de 5G e a Dense Air aumenta a cobertura da tecnologia dentro dos edifícios.
“Somos uma parte da solução, não vamos competir com os operadores, somos complementares”, afirmou o presidente executivo do grupo Dense Air, uma das empresas detidas pelo Softbank, multinacional nipónica.
Além disso, a Dense Air Portugal, através das suas soluções, pretende levar a banda larga a áreas rurais do país.