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5G: “Não existe qualquer atraso” nos trabalhos preparatórios

O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), João Cadete de Matos, afirmou hoje que “não existe qualquer atraso” nos trabalhos preparatórios da quinta geração móvel (5G).

João Cadete de Matos falava na abertura do 29.º congresso das Comunicações (APDC), que hoje arrancou em Lisboa com o mote “The Future of Business”.

“Demonstra-se facilmente que não existe qualquer atraso nos trabalhos preparatórios conducentes à atribuição das licenças necessárias para o 5G: tanto na faixa dos 700 MHz, adequada para assegurar a transição para a próxima geração de redes móveis e a cobertura em diferentes áreas, como na faixa dos 3,6 GHz, apta para a disponibilização de capacidade necessária para serviços suportados nos sistemas 5G”, afirmou o regulador.

“Importa ter presente que Portugal é dos países europeus que tem realizado um maior número de ensaios técnicos e estudos científicos utilizando diversas tecnologias, nomeadamente as que contribuirão para o arranque do 5G em Portugal, o que posiciona Portugal no grupo de países com mais testes efetuados até ao momento”, acrescentou, na sua intervenção.

João Cadete Matos sublinhou ainda que “em Portugal têm sido feitos, com a autorização da Anacom, todos os testes e ensaios relacionados com o 5G solicitados pelos operadores”.

Estes testes, que abrangem áreas geográficas diversificadas”, têm sido “objeto de prévia coordenação entre os interessados e a Anacom” e revestem-se de um grande valor acrescentado, pois permitem que investigadores, fabricantes e operadores de comunicações eletrónicas testem as várias funcionalidades e capacidades destas tecnologias, bem como afiram os seus modelos teóricos, antes de se avançar para a implementação das futuras redes 5G, com a consequente disponibilização de serviços aos consumidores”, prosseguiu.

Portugal “será, conforme o calendário anunciado pela Anacom, um dos Estados-membros da União Europeia que dará cumprimento em primeiro lugar e de forma completa, ou seja já em 2020 e cobrindo as faixas relevantes, às metas definidas a nível europeu, contrariamente a vários outros países que apenas o farão mais tarde”, salientou João Cadete de Matos.

“Neste contexto, importa, também, recordar que os operadores portugueses defenderam que ainda necessitavam de recuperar o investimento feito nas redes 4G, cujas potencialidades estão longe de estar esgotadas, antes de avançar para o investimento nas redes 5G”, apontou o presidente da Anacom.

Além disso, apontou que houve “mesmo quem defendesse que o 5G apenas teria interesse do ponto de vista comercial após 2022”.

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