A goleada imposta pela Alemanha a Portugal foi comentada por Mourinho. “Estaria a mentir se dissesse que estava à espera de ganhar”, assumiu o treinador, para confessar que “4-0 foi uma deceção”. Sobre o vermelho a Pepe, foi justificado pela “linguagem corporal”.
Depois de todos os comentários e análises à humilhante derrota de Portugal frente à Alemanha, faltava conhecer a opinião do futuro selecionador nacional, como o próprio já se autodesignou: José Mourinho.
“Estaria a mentir se dissesse que estava à espera de ganhar à Alemanha ou que esperava que o Cristiano fizesse dois ou três golos. Ainda assim, esperava um jogo mais equilibrado e que refletisse o potencial das duas equipas”, confessou o treinador do Chelsea.
O resultado de “4-0 foi uma deceção”, assumiu Mourinho, mesmo lembrando o histórico de Portugal: “se recuarmos um pouco e analisarmos os desempenhos da Seleção nas últimas presenças em Mundiais e Europeus, Portugal não consegue grandes resultados contra as melhores equipas”.
“No último Euro, por exemplo, perdemos com a Espanha. Tudo bem que foi, mas não conseguimos marcar um golo. E, depois, perdemos também com a Alemanha. No Mundial 2010, não marcámos contra o Brasil, nem contra a Espanha”, recordou o comentador do portal Yahoo Sports.
No entender de Mourinho, o problema da equipa das quinas mantém-se: não se consegue impor perante adversários de alto nível quando a situação o exige.
As exibições de Portugal e da Alemanha serviram ainda para antecipar o que ambas as seleções podem fazer durante este Mundial, reforçou o técnico.
O ‘happy one’, que treinou Pepe no Real Madrid, comentou ainda a expulsão do central, que relacionou com a “frustração” do “erro” no segundo golo dos alemães: “obviamente que o segundo golo foi culpa dele. Estava a marcar à zona, mas não tocou no adversário, deixou-o livre e Hümmels fez o segundo golo”
“Aí, apareceu a frustração pelo erro apareceu e depois perdeu a cabeça com o Müller. Talvez não merecesse o cartão vermelho, por não ter sido uma agressão clara, mas existiu uma linguagem corporal que forçou o árbitro a expulsá-lo. Foi uma situação difícil de aceitar”, justificou o treinador que, em várias entrevistas, manifestou o desejo de orientar a Seleção numa fase final da carreira.
