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28 de novembro, cai o avião da Chapecoense

A 28 de novembro de 2016 o voo LaMia 2933 termina de forma trágica, na Colômbia. A bordo seguia a equipa brasileira da Chapecoense, acompanhada por jornalistas. Morreram 71 das 77 pessoas a bordo.

O avião, um Avro RJ85 da transportadora LaMia,  tinha partido de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, rumo ao Aeroporto Internacional José María Córdova em Rionegro, na Colômbia.

A bordo seguia a equipa brasileira da Associação Chapecoense de Futebol, que ia disputar a primeira mão da final da Copa Sul-Americana com o Atlético Nacional, e alguns jornalistas e convidados, para além da tripulação.

No total, estavam 77 pessoas a bordo quando o avião caiu, pelas 21h58 (hora da Colômbia) de 28 de novembro de 2016, numa zona conhecida como Cerro El Gordo.

Dezanove dos mortos eram jogadores da Chapecoense, 14 faziam parte das equipas técnicas (de treinadores ao médico do clube) e nove eram dirigentes (incluindo o presidente).

Dos nove tripulantes, salvaram-se dois. Sobreviveram ainda três jogadores e um jornalista.

Mas 28 de setembro é também dia de recordar Lévi-Strauss, o fundador da antropologia estruturalista, um dos grandes pensadores do seu tempo, que nasceu em 1908.

O francês Claude Lévi-Strauss nasceu a 28 de novembro de 1908 e notabilizou-se como antropólogo, professor e filósofo. Morreu em 2009 e é considerado um dos grandes intelectuais do século XX.

Professor honorário do Collège de France, Lévi-Strauss ocupou a cátedra de antropologia social, entre 1959 e 1982. Fez ainda parte da Academia Francesa e foi o primeiro membro a chegar aos 100 anos de vida.

Formou-se na Faculdade de Direito de Paris, obtendo a licenciatura antes de ser admitido na Sorbonne, onde se graduou em Filosofia, no ano de 1931. No fim da década de 40 e início da década de 50, continuou a publicar de forma intensa e atingiu o sucesso profissional.

Lévi-Strauss publicou uma extensa obra, reconhecida internacionalmente, desde investigações sobre os povos indígenas do Brasil, no início da carreira, até à tese ‘As estruturas elementares do parentesco’, em 1949, entre muitos outros trabalhos que foram igualmente bem acolhidos.

Depois de conquistar os meios académicos, Lévi-Strauss torna-se um dos intelectuais franceses mais conhecidos, ao publicar ‘Tristes Trópicos’, um livro autobiográfico sobre a sua experiência em solo brasileiro e contacto com os ameríndios, na década de 1930.

Apesar de aposentado, Lévi-Strauss continuava a publicar ocasionalmente volumes de meditações sobre artes, música e poesia, bem como reminiscências de seu passado.

Claude Lévi-Strauss morreu no dia 30 de outubro de 2009, poucas semanas antes de completar o 101.º aniversário. O então presidente francês, Nicolas Sarkozy, definiu-o como “um dos maiores etnólogos de todos os tempos”.

Bernard Kouchner, então ministro dos Assuntos Exteriores francês, sustentou que Lévi-Strauss “quebrou uma visão etnocêntrica da história e da Humanidade”, num tempo em que “tentamos construir um mundo mais justo e humano”.

O jornal The Daily Telegraph afirmou no obituário do antropológo que Lévi-Strauss foi “uma das influências pós-guerra dominantes na vida intelectual francesa e o principal expoente do Estruturalismo nas Ciências sociais”.

Hélène Carrère d’Encausse, secretária permanente da Académie Française, foi mais longe no elogio ao homem e à sua obra: “Era um pensador, um filósofo. Nunca encontraremos outra personalidade à sua altura”.

Nasceram a 18 de novembro Margaret Tudor, filha de Henrique VII da Inglaterra (1489), William Blake, poeta e pintor inglês (1757), e Friedrich Engels, intelectual alemão (1820).

Nasceram também Eduardo Afonso Viana, pintor português (1881), Charles Alston, professor, pintor e escultor afro-americano (1907), Claude Lévi-Strauss, antropólogo belga (1908), Benito Di Paula, pianista, cantor e compositor brasileiro (1941), Laura Antonelli, atriz italiana (1941), e Agnieszka Holland, escritora polaca (1948).

Morreram neste dia Hartmann Schedel, cartógrafo alemão (1514), Washington Irving, escritor norte-americano (1859), Coelho Neto, escritor brasileiro (1934), José Campos de Figueiredo, escritor português (1965), e Erico Verissimo, escritor brasileiro (1975).

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