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Passos acusa “figuras políticas” de faltarem ao 25 de Abril por sede de “protagonismo”

passos_coelho8Passos Coelho, primeiro-ministro, acusou Mário Soares e Manuel Alegre de pertencerem a um grupo de “figuras políticas” que pretendem “protagonismo em datas especiais”. Os dois históricos socialistas vão faltar à sessão solene do 25 de Abril, em solidariedade com os protestos contra as políticas do Governo. Passos Coelho sustenta que “o 25 de abril é uma data muito importante e não pode ser utilizada para outros fins”.

A ausência de Mário Soares e de Manuel Alegre das comemorações do 25 de Abril mereceu um comentário crítico de Passos Coelho, que se disse “habituado a que figuras políticas queiram protagonismo nas datas especiais”.

“O 25 de abril é uma data muito importante para Portugal e não pode ser utilizada para outros fins que não sejam a celebração da Liberdade”, diz o primeiro-ministro, em declarações à imprensa, prestadas à margem de uma conferência sobre ciência, que decorreu hoje em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian.

Nesse sentido, acrescenta Passos Coelho, “cada um assume as suas responsabilidades”, numa crítica implícita a dois históricos do Partido Socialista – Soares e Alegre estão solidários com os protestos de algumas associações que vão faltar às celebrações do dia da Liberdade, por considerarem que as conquistas de Abril estão a perder-se, por culpa do atual Governo.

Mas Passos Coelho considera que “o 25 de Abril não pertence ao Governo”, pelo que não deveria servir para protestos. “É uma data do povo, do país”, destaca.

O facto de alguns dos ausentes da sessão solene evocativa da Liberdade serem personalidades históricas desse mesmo país não preocupa Passos Coelho. “Todos os países têm figuras históricas…”, relativizou o primeiro-ministro, que não quis alimentar mais polémicas.

“Não sou comentador e não faço comentários sobre o que as pessoas dizem”, disse o chefe de Governo, desvalorizando o facto de algumas figuras históricas primarem pela ausência nas celebrações do 25 de Abril.

Entre essas personalidades estão homens que lutaram pela Liberdade, como Manuel Alegre e Mário Soares. Mas outras ausências serão notadas. A Associação 25 de Abril revelou ontem que primará pela ausência em todos os atos oficiais nacionais evocativos do 25 de Abril.

As razões encontram-se nas políticas de Passos Coelho. O Governo é acusado de “configurar um ciclo político que está contra os ideais e valores” das conquistas de 1974.

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