Ciência

21 de agosto, morre o poeta surrealista Alexandre O’Neill

Hoje é dia de recordar Alexandre O’Neill, poeta português com forte contributo para o movimento surrealista. Descendente de irlandeses, O’Neill nasceu em Lisboa, a 19 de dezembro de 1924, na mesma cidade que o viu morrer, a 21 de agosto de 1986.

Pertence a O’Neill o conhecido ‘Há mar e mar, há ir e voltar’, uma frase publicitária que se transformou em provérbio.

A 21 de agosto assinala-se a morte de Alexandre O’Neill, um dos fundadores do Movimento Surrealista de Lisboa, corrente onde começa o seu caminho literário, que marcaria toda a sua obra – poesia, prosa, traduções, antologias e até publicidade.

Os primeiros versos de Alexandre O’Neill foram publicados quando o autor tinha apenas 17 anos, num jornal de Amarante. Já no Movimento Surrealista de Lisboa, usa o dom da palavra para contestar o regime e acaba preso pela PIDE.

O’Neill nunca aceitou a censura na escolha dos trabalhos que iriam compor certames literários e chegou a retirar a sua contribuição. A polícia política usou a força para reprimir. O Movimento Surrealista de Lisboa viria a dar lugar ao Grupo Surrealista Dissidente.

‘A Ampola Miraculosa’ é lançada por O’Neill por esta altura. Trata-se de um trabalho de imagens e legendas sem nexo, que se transformaria no paradigma do surrealismo português.

A década de 1960 torna-se na mais produtiva, sobretudo com livros de poesia, antologias de outros poetas e traduções. A poesia de O’Neill alia a vanguarda com a influência da tradição literária. Os textos deste autor são uma verdadeira sátira a Portugal e aos portugueses, à vida mesquinha, e ao sofrimento do quotidiano. Alexandre O’Neill escreve sobre solidão, amor, sonho.

Em 1976, sofre um ataque cardíaco, que o poeta admitiu dever-se à vida desregrada que adotara. Manteve o seu estilo de vida e em 1984 sofre um acidente vascular cerebral. Dois anos mais tarde, volta a sofrer um AVC e que o leva a um internamento prolongado. Morre em Lisboa, a 21 de agosto desse ano. E por isso hoje é dia de recordar Alexandre O’Neill.

Neste dia, em 1508, o Funchal, na Madeira, é elevado à categoria de cidade. Já em 1770, o capitão James Cook, depois de terminar a viagem de descoberta da Austrália, reclama o continente em nome do Império Britânico. E a 21 de agosto de 1792, a guilhotina é utilizada pela primeira vez durante a Revolução Francesa, para executar um nobre.

Em Portugal, em 1911, é promulgada a Constituição de 1911 enquanto nos EUA, em 1963, a prisão de Alcatraz, situada na baía de São Francisco, é desativada. O preso mais famoso era o mafioso italiano Al Capone.

Nasceram a 21 de agosto o Rei Filipe II de França (1165), São Francisco de Sales, doutor da Igreja (1567), Rei Afonso VI de Portugal (1643), Jean-Baptiste Greuze, pintor francês (1725), Augustin Louis Cauchy, matemático francês (1789), Kenny Rogers, cantor, compositor e ator norte-americano (1938), Peter Weir, roteirista e diretor de cinema australiano (1944), Glenn Hughes, vocalista e baixista dos Deep Purple (1952), Sergey Brin, cofundador da Google (1973), e Usain Bolt, atleta jamaicano (1986).

Morreram neste dia Balduíno de Bourcq, cruzado e rei de Jerusalém (1131), Afonso VII, rei de Leão e Castela (1157), Leon Trotsky, revolucionário russo (1940), Alexandre O’Neill, poeta surrealista português (1986), Nuno Castel-Branco, médico português (2003), Jerry Finn, produtor musical norte-americano (2008), e Rodolfo Fogwill, escritor argentino (2010).

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