Relatório do Clima em 2011, do Instituto de Meteorologia, relativo a Portugal Continental, indica que o ano passado foi um dos mais quentes desde 1931 e um dos que registaram a maior média de temperatura alta: 21,3 graus. Açores e Madeira foram mais quentes, menos chuvosos, mas com exceções.

O dia do ano com maior temperatura média foi 10 de agosto, onde cidades como Santarém e Beja ficaram perto dos 40 graus. Apesar de tudo, as mesmas cidades ficaram bem longe dos máximos sentidos em 2003: 45,2º. O ano de 2011 registou cinco ondas de calor.

Os meses de abril, maio, junho, setembro e outubro foram os que contribuíram de forma mais significativa para o aumento das temperaturas, já que se afastaram das médias que desde 1931 se verificam nessas alturas do ano. As temperaturas mínimas também subiram de forma anormal em abril e maio, segundo o Instituto de Meteorologia.

Em contraponto, os dias mais frios foram sentidos na Guarda, com 6,2 graus negativos, registados na Guarda. Bragança ficou bem perto, com 5,6º. As duas cidades ficaram, porém, igualmente longe da vaga de frio dos anos de 2005 e 1945, onde, ultrapassaram os 10 graus negativos.

Este Relatório do Clima em 2011 do Instituto de Meteorologia revela ainda que a chuva não caiu em quantidade elevada, no ano passado, mas há um registo interessante a salientar: Viana do Castelo superou o valor máximo de sempre no que diz respeito à queda de chuva num único dia. 

Já nas ilhas dos Açores e da Madeira, verificou-se uma temperatura superior à média. Nos Açores, houve menos precipitação durante o ano, mas na Horta, curiosamente, verificou-se fenómeno inverso. Já na Madeira, ocorreu algo semelhante: menos chuva do que o habitual na região do Funchal, mas mais precipitação em Porto Santo.