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19 de dezembro, nasce Alexandre O’Neill, o poeta do surrealismo

A 19 de dezembro assinala-se o nascimento de Alexandre O’Neill, poeta luso que contribuiu fortemente para o movimento surrealista. Descendente de irlandeses, O’Neill nasceu em Lisboa, em 1924, na mesma cidade que o viu morrer, a 21 de agosto de 1986.

Pertence a Alexandre O’Neill a conhecida frase ‘Há mar e mar, há ir e voltar’, que se transformou em provérbio.

Hoje assinala-se o nascimento de Alexandre O’Neill, um dos fundadores do Movimento Surrealista de Lisboa, corrente onde começa o caminho literário deste poeta português e que marcaria toda a sua obra – poesia, prosa, traduções, antologias e até publicidade.

Os primeiros versos de Alexandre O’Neill foram publicados quando o autor tinha apenas 17 anos, num jornal de Amarante. Já no Movimento Surrealista de Lisboa, usa o dom da palavra para contestar o regime e acaba preso pela PIDE.

O’Neill nunca aceitou a censura na escolha dos trabalhos que iriam compor certames literários e chegou a retirar a sua contribuição.

A polícia política usou a força para reprimir. O Movimento Surrealista de Lisboa viria a dar lugar ao Grupo Surrealista Dissidente.

‘A Ampola Miraculosa’ é lançada por O’Neill por esta altura. Trata-se de um trabalho de imagens e legendas sem nexo, que se transformaria no paradigma do surrealismo português.

A década de 1960 torna-se na mais produtiva, sobretudo com livros de poesia, antologias de outros poetas e traduções. A poesia de O’Neill alia a vanguarda com a influência da tradição literária.

Os textos deste autor são uma verdadeira sátira a Portugal e aos portugueses, à vida mesquinha, e ao sofrimento do quotidiano. Alexandre O’Neill escreve sobre solidão, amor, sonho.

Em 1976, sofre um ataque cardíaco, que o poeta admitiu dever-se à vida desregrada que adotara. Manteve o seu estilo de vida e em 1984 sofre um acidente vascular cerebral.

Dois anos mais tarde, volta a sofrer um AVC e que o leva a um internamento prolongado. Morre em Lisboa, a 21 de agosto desse ano.

Nasceram a 18 de dezembro Martin Luther King, político e ativista norte-americano, pai de Martin Luther King Jr. (1899), Rudolf Hell, inventor alemão (1901), e Leonid Brejnev, secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (1906).

Nasceram ainda Édith Piaf, cantora e atriz francesa (1915), Alexandre O’Neill, escritor português (1924), e Jens Fink-Jensen, escritor e fotógrafo dinamarquês (1956).

Morreram neste dia William Turner, pintor inglês (1851), Alois Alzheimer, neurologista alemão que descobriu doença de Alzheimer (1915), Marcello Mastroianni, ator italiano (1996), Masaru Ibuka, industrial japonês (1997), e Herbert Charles Brown, químico britânico (2004).

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