Hoje é dia de recordar Bocage, o poeta apaixonado e sofredor, mais devoto do furor do que da ternura. Nasceu a 15 de setembro de 1765, em Setúbal, e morreu no Bairro Alto, com 40 anos de idade.
“Magro, de olhos azuis, carão moreno; Bem servido de pés, meão na altura; Triste de facha, o mesmo de figura, Nariz alto no meio, e não pequeno; Incapaz de assistir num só terreno; Mais propenso ao furor do que à ternura; Bebendo em níveas mãos, por taça escura, De zelos infernais letal veneno; Devoto incensador de mil deidades (Digo, de moças mil) num só momento; E somente no altar amando os frades, Eis Bocage, em quem luz algum talento; Saíram dele mesmo estas verdades; Num dia em que se achou mais pachorrento”.
Nada melhor do que um soneto de Bocaje, em autorretrato, para resumir o talento do poeta e as características do homem, nascido em Setúbal, a 15 de setembro de 1765, homenageado hoje, no dia em que se assinala esse facto.
É filho de um poeta e sobrinho da célebre poetisa francesa, Anne-Marie Le Page du Bocage. Teve uma infância infeliz, sobretudo em resultado da detenção do seu pai (durante seis anos, e da morte da sua mãe) poucos anos depois. Sofreu de amores na sua juventude, por uma paixão não correspondida, e fez carreira na Marinha.
No entanto, Bocage desertou, numa altura em que a sua fama de poeta já corria por Lisboa. Viajou pelas Índias, onde retomou a formação de oficial da Marinha, mas voltou a desertar, para Macau.
Foi preso pela Inquisição e na cadeia traduz obras de poetas franceses e latinos. A década seguinte é a da sua maior produção literária e também o período de maior boémia e vida de aventuras.
Esteve novamente preso, em Lisboa, e sai em liberdade a 31 de dezembro de 1798. A partir de 1801, viveu em casa arrendada no Bairro Alto. Morre aos 40 anos, vítima de um aneurisma, a 21 de dezembro de 1905. Antes, escreve as palavras de uma despedida amarga, cujo excerto se recorda:
“Já Bocage não sou!…; À cova escura; Meu estro vai parar desfeito em vento…; Eu aos céus ultrajei! O meu tormento; Leve me torne sempre a terra dura” (…).
Neste dia 15 de setembro, em 1821, Guatemala, Costa Rica, Nicarágua, El Salvador e Honduras declaram a independência de Espanha. Já em 1928, Alexander Fleming anuncia a descoberta da penicilina. E em 1971, é fundada a Greenpeace, organização de defesa do ambiente.
Já a 15 de setembro de 2008, o banco norte-americano Lehman Brothers declara falência, o que foi considerado o início da crise financeira de 2008-2012.
Nasceram neste dia Bocage, poeta português (1765), José Júlio Sousa Pinto, pintor português (1856), Agatha Christie, escritora britânica (1890), Wen Jiabao, político chinês (1942), Oliver Stone, realizador norte-americano (1946), Tommy Lee Jones, ator norte-americano (1946), e Harry, príncipe de Gales (1984).
Morreram a 15 de setembro Anton Webern, compositor austríaco (1945), Johnny Ramone, guitarrista dos The Ramones (2004), Colin McRae, piloto escocês de ralis (2007), e Richard Wright, teclista dos Pink Floyd (2008).
Hoje assinala-se o Dia do Idoso Japonês e, na mitologia chinesa, comemora-se o Aniversário da Lua, instituído pelo imperador Ming Wong.
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