11 de Setembro já tem museu ou, como diz Obama, “um local de cura”

O Presidente dos EUA inaugurou ontem o Museu 11 de Setembro. O espaço, construído no espaço onde antes se erguiam as Torres Gémeas, será “um local sagrado de cura e esperança” para Nova Iorque e para o mundo, afirmou Barack Obama.

A solenidade do momento exigia a presença do chefe de Estado dos EUA. Ontem, em Nova Iorque, a cidade que nunca dorme, recordou-se a data que evoca pesadelos aos norte-americanos: 11 de setembro de 2001, dia em que um atentado terrorista levou ao colapso das Torres Gémeas.

No espaço onde se erguiam esses majestosos blocos existe agora um museu: o Museu 11 de Setembro, ontem inaugurado por Barack Obama, que o designou “um local sagrado de cura e esperança”.

“Todos os visitantes do museu terão oportunidade de conhecer o sacrifício daqueles que perdemos e que continuam a viver em nós e nas famílias que os amam. Nada nos pode deitar abaixo, nada pode mudar aquilo que somos enquanto americanos”, afirmou o chefe de Estado.

O equipamento foi erguido no local onde antes de 2001 existia o ‘World Trade Center’, as duas Torres Gémeas derrubadas por um ataque terrorista organizado pela Al-Qaeda e na qual morreram cerca de 3000 pessoas.

As vítimas mortais são evocadas num painel interativo que lista os nomes, enquanto um mural lembra os que não puderam ser identificados com a inscrição “Nenhum dia vos apagará da memória do tempo”.

O museu reúne um acervo de dados referentes às vítimas, como o áudio das últimas conversas telefónicas, às equipas de socorro, como um veículo dos bombeiros parcialmente destruído durante a resposta ao ‘9/11’, e aos próprios edifícios, como parte das vigas que sustentavam as duas torres.

O Museu 11 de Setembro abre a 21 de maio, mas nos seis primeiros dias não estará aberto ao público: as entradas foram reservadas para as famílias das vítimas, sobreviventes, socorristas e moradores da zona próxima ao ‘ground zero’.