São as primeiras confissões sobre o mais difícil desafio que teve de enfrentar na liderança dos Estados Unidos da América. Em nova Iorque, perante familiares de algumas das vítimas dos atentados do 11 de setembro, Bush confessa que nunca quis ser um presidente em tempo de guerra, nem estava preparado.
Ataque ao World Trade Center e Pentágono
O Presidente dos EUA nunca previu o cenário que teve de enfrentar, quando viu as torres gémeas desmoronarem-se e o Pentágono parcialmente destruído. Neste documentário, que será transmitido em Portugal a 5 de setembro, George W. Bush conta que se preparava para entrar numa ação de promoção de leitura, na Florida, quando foi surpreendido.
Eis a reação ao desmoronamento da primeira torre: “Ou o tempo está mau, ou o piloto sofreu algo de anormal”. Já durante a ação, diante de algumas crianças, recebe a informação da queda da segunda torre. “Senti raiva e perguntei-me: quem faria isto à América?”, confessa.
Já o ataque ao Pentágono foi uma “declaração de guerra”, que Bush interpretou sem qualquer dúvida e com surpresa. “Transmitir calma ao país foi a primeira preocupação”, afirma.
Depois, deu ordens à Força Aérea para abater quaisquer aviões comerciais que sobrevoassem o espaço aéreo norte-americano. “Teria sido complicado para qualquer piloto ter de abater um avião com cidadãos nossos. No entanto, achei que era a melhor maneira de proteger o país”, refere.
A al-Qaeda
Surge então a comunicação a George Bush de que os atentados provinham da al-Qaeda. “Decidi que o ataque à al-Qaeda, que estava no Afeganistão, era primordial”, confessa. No entanto, diz, “não tinha uma estratégia” e estava a viver “o dia a dia”, preocupado em “proteger a pátria”.
O lado humano de Bush é revelado, nesta entrevista surpreendente. Revela-se um ex-Presidente que transmitiu uma imagem contrária. A frieza do discurso foi uma fachada, de um homem que sofreu e que nunca soube como reagir ao ataque surpreendente da al-Qaeda.
E uma frase se destaca desta espécie de transfiguração de um presidente. Bush, que sempre transmitiu uma imagem de frieza, mostrou o seu lado mais humano. O homem mais poderoso do mundo sentiu-se sem força. “Senti-me extremamente impotente quando não vi pessoas a saltarem para a morte. E eu não podia fazer nada”, desabafa.
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