No momento em que milhões de pessoas recordam os ataques terroristas do 11 de setembro de 2001, centenas de hackers, spammers e cibercriminosos estão prestes a lançar os seus próprios ataques de 11 de setembro. A próxima semana poderá trazer a maior vaga de hacks e fraudes de sempre, em computadores, websites e redes sociais.
“Com os desenvolvimentos das tecnologias de hacking e spamming da última década, juntamente com o significado do aniversário e aumento da cobertura mediática, o 11 de setembro deste ano pode bem ser catastrófico no que diz respeito ao malware”, diz Catalin Cosoi, Chefe dos Laboratórios de Ameaças Online da BitDefender, um galardoado provedor de soluções inovadoras de segurança antimalware para a Internet.
Quando os ataques terrorristas atingiram o World Trade Center e o Pentágono, o mundo online era muito menos sofisticado. Desde então, novas ferramentas aumentaram a complexidade do spam, das fraudes e do malware.
Novos grupos (como o Anonymous) promoveram publicamente o hacking como ferramenta de desobediência civil. E o mundo do crime está a encontrar oportunidades de lucro que podem muito bem ultrapassar o tráfico de drogas e outros crimes. O mundo online é agora um local mais perigoso.
“Esta data marca outra oportunidade para os scammers espalharem o seu software malicioso, defraudar as pessoas e fazer circular as suas mensagens de spam”, diz Cosoi. “Isto significa que as pessoas que estão a comemorar solenemente a tragédia, devem também estar atentos a scammers quando estão online.”
De acordo com recentes observações da BitDefender e tendências passadas em torno desta data, a primeira onda de ataques surge com sites novos e rapidamente criados sob expressões como “Bin Laden está vivo”, “os ataques terrorristas em detalhe”, “resultados das investigações policiais” e “as torres a cair”, de forma a atrair curiosos e enlutados.
Estes sites são muitas vezes armadilhados com links que, em caso de serem clicados, difundem software aos insuspeitos, potencialmente roubando detalhes privados, danificando software, ou atraindo o utilizador para uma fraude.
Outra burla comum que capitaliza a solenidade e tristeza do aniversário é a fraude associada à caridade. Os burlões provam ser particularmente orientados ao detalhe quando se fazem passar por organizações de caridade bem conhecidas e fiáveis, e os websites fraudulentos e e-mails são difíceis de distinguir dos fidedignos.
Os scammers estão também prontos para tirar vantagem de pessoas que procuram recordações dos ataques que mudaram o mundo – um mercado em expansão com o 10.º aniversário.
Os falsos colecionadores de objetos –pedaços de metal da estrutura da torre ou até moedas comemorativas tidas como sendo de prata recolhida no local do ataque – estão já a ser publicitadas pelos cibercriminosos nalguns websites.