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11 de maio, nasce Salvador Dalí e morre Bob Marley

Onze de maio é dia de dádivas e perdas. Dois génios, cada um na sua arte, cada um no seu estilo, unidos num facto comum: Salvador Dalí e Bob Marley tornaram-se eternos e são recordados nesta data.

Nasceu Salvador Domingo Felipe Jacinto Dali i Domènech, a 11 de maio de 1904. Morreu a 23 de janeiro de 1989, conhecido mundialmente como Salvador Dalí. Ao longo dos seus 84 anos de vida, construiu uma obra na pintura que ultrapassa as mais de oito décadas de vida.

Tornou-se eterno, pelo seu trabalho único, marcado pelo surrealismo, onde combina imagens bizarras e as influências dos grandes mestres do Renascimento. Adquiriu fama mundial com trabalhos como ‘A Persistência da Memória’, mas notabilizou-se noutras áreas, que não a pintura, com incursões pelo cinema, escultura e fotografia.

O espanhol Salvador Dalí trabalhou com Alfred Hitchcock, no filme ‘Spellbound’, colaborou com a Walt Disney, na curta-metragem ‘Destino’ (lançada postumamente, em 2003) e escreveu poemas, igualmente na linha surrealista que caracteriza a sua arte.

Dalí dizia-se descendente de mouros (que ocuparam o sul da Espanha ao longo de oito séculos) e justificava a sua paixão pelo excessivo e pelo luxo. A atração pela extravagância conferia às suas obras um caráter teatral e excêntrico. Alguns dos seus críticos consideravam que esta característica dos seus quadros disfarçava o verdadeiro talento artístico de Dalí.

No dia em que nasce Dalí, morre Robert Nesta Marley. Em 1981, o mundo do reggae e da música perdem um dos maiores símbolos: o jamaicano que se preocupava com os pobres, muitas vezes chamado de “de “Charles Wesley dos rastafáris”.

Bob Marley – que foi eleito pela revista Rolling Stone o 11.º maior artista da música de todos os tempos – nasceu a 6 de fevereiro de 1945, em Saint Ann, no interior da Jamaica. Teve uma infância difícil, numa favela, onde era vítima de problemas sociais – os mesmos problemas sociais que o inspiravam e marcaram a sua obra.

De cada vez que era gozado por ser mulato e por ter baixa estatura, Bob construía o seu espírito crítico da sociedade, em defesa dos desprotegidos, contra as injustiças. A sua obra é muito mais do que música. É a transmissão de uma mensagem através da música, é o poder da música como veículo de comunicação.

Bob transportou o reggae pelo mundo, ‘libertando-o’ das fronteiras jamaicanas. Primeiro com os ‘The Waillers’, depois a solo, criou um estilo único. ‘No Woman No Cry’, de 1975, catapultou-o para a fama. Sobreviveu a um ataque a tiro, por motivações políticas.

O mundo nunca o esqueceu, sobretudo depois do dia 11 de maio de 1981, dia da sua morte. “Não vivas para que a tua presença seja notada, mas para que a tua falta seja sentida”, disse um dia. A sua presença foi notada, a sua falta é sentida.

Neste dia, em 1927, funda-se a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela atribuição anual dos Óscares. Em 1928, inaugura-se o primeiro serviço analógico de televisão em todo o mundo. Já a 11 de maio de 1949, Israel é admitido na Organização das Nações Unidas.

Adolf Eichmann, um dos responsáveis do Holocausto, é capturado na Argentina, a 11 de maio de 1928, numa ação levada a cabo por agentes da Mossad. Eichmann é levado para Israel, onde foi julgado, condenado (em 1961) e executado (em 1962).

Nasceram neste dia Paul Nash, pintor britânico (1889), Salvador Dalí, pintor surrealista espanhol (1904), Camilo José Cela, escritor espanhol, Nobel de Literatura (1916), Richard Feynman, físico norte-americano (1918), e João Botelho, realizador português (1949).

Morreram a 11 de maio Carl Otto Nicolai, compositor e maestro alemão (1849), Jean Casimir-Périer, político francês (1907), Karl Schwarzschild, astrónomo e físico alemão (1916), Herbert Spencer Gasser, fisiologista norte-americano, Nobel da Medicina (1963), Bob Marley, músico jamaicano (1981), e Douglas Adams, escritor inglês (2001).

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