10 anos de iPhone significam também 10 anos de desperdício da Microsoft
Foi há precisamente 10 anos que surgiu o primeiro iPhone, o dispositivo móvel que viria a revolucionar a tecnologia e a ditar tendências, fazendo com que tudo o que fosse desenvolvido naquele segmento fosse centrado no dispositivo que a Apple acabara de desenvolver.
No entanto, convém lembrar que antes do iPhone já existiam dispositivos inteligente, que a Nokia dominava esse mercado e que era a finlandesa quem ditava as tendências até então. O problema é que estes dispositivos dependiam de um teclado e o seu ecrã era muito pequeno.
Estes 10 anos do iPhone foram também 10 anos de um soo profundo da Microsoft. Para quem não sabe ou não se lembra, a Microsoft já tinha um sistema operativo que equipava dispositivos móveis, os chamados PDA, era o Windows Mobile.
Esses dispositivos eram inteligentes, já nos permitiam navegar na internet, consultar o email e executar algumas tarefas do Office. Também era possível utilizar o equipamento com uma Stylus PEN, a canetinha que nos permitia escrever no PDA.
Na altura que foi lançado o primeiro iPhone, há precisamente 10 anos, o Windows Mobile ia na sua versão 6, já mais maduro, mas muito longe de ter acompanhar aquilo em que se viria a tornar o iPhone.
Estes 10 anos do iPhone significam, também, 10 anos de desperdício da Microsoft, uma vez que a marca de Redmond não conseguiu, nestes 10 anos, fazer um sistema operativo que mordesse, sequer, os calcanhares ao iOS.
Como foi possível uma marca como a Microsoft, e já com um sistema operativo móvel desenvolvido, perder 10 anos daquele que se viria a tornar no mercado mais lucrativo de todos os segmentos de dispositivos inteligentes?
Este 10º aniversário do iPhone deverá ser um bom motivo de reflexão para os lados de Redmond, contrastando com a festa em Cupertino. Ter de investir em pesquisa leva o seu tempo, sabemos bem disso, mas 10 anos?
A Microsoft andou esta década a dormir à sombra da bananeira e temos sérias dúvidas que conseguirá, nos próximos tempos, sair dessa “maldita” sombra.