Retirar o salmão na dieta, para reduzir risco de cancro? O oncologista francês David Khayat, que escreveu o livro ‘The Anticancer Diet’ [A Dieta Anticancro], defende esta teoria, por considerar que os peixes ricos em ómega 3 têm elevadas concentrações de metais pesados, como arsénio, chumbo, mercúrio e cádmio.
O médico oncologista francês elaborou uma dieta de prevenção, para reduzir riscos de cancro. E surpreendeu.
Entre os alimentos que David Khayat desaconselha, está o salmão, um peixe rico em ómega 3, e que contém “concentrações incrivelmente altas de metais pesados, como arsénio, chumbo, mercúrio e cádmio”.
O oncologista dedicou mais de 30 anos ao estudo e ao tratamento de casos de cancro. Nos últimos tempos, optou por concentrar o seu trabalho na prevenção da doença.
Khayat segue o princípio (comummente aceite) de que a alimentação é determinante, no aumento ou na redução de riscos de cancro. Mas aponta num sentido que surpreende, já que o salmão tinha sido considerado, em diversas pesquisas, como alimento que previne o cancro.
Um estudo de 2015 defendeu precisamente essa tese. De acordo com a recente pesquisa, realizada pela Universidade de Washington, nos EUA, o salmão trava o desenvolvimento do cancro da próstata, precisamente pela presença do ómega três, ácido gordo que previne outras doenças.
O investigador considerou, nesse estudo, que a descoberta poderia ser importante para prevenir o cancro. Agora, David Khayat aponta no sentido inverso, com a mesma doença e com o mesmo alimento.
Mas há outros estudos que defendem o salmão na dieta, como forma de prevenir doenças cancerígenas. Em 2013, uma megapesquisa – que integrou análises a 26 estudos sobre 800 mil mulheres e 20 mil casos de cancro da mama, nos EUA, Europa e Ásia – defendeu os ácidos gordos ómega 3 provenientes de peixes como salmão, atum e sardinha, seriam uma boa forma de reduzir riscos de cancro da mama.
David Khayat contrapõe e aconselha à retirada da dieta ricos em ómega 3, como o salmão, o atum vermelho e o peixe-espada.
Mais consensual é a associação entre a carne vermelha e o cancro. O oncologista francês diz que a nossa alimentação deve evitá-la. Também a Organização Mundial de Saúde colocou estas carnes nos alimentos com riscos cancerígenos.