Mundo

WiFi deve ser gratuito na Europa até 2020

O acordo já foi aprovado num relatório apresentado pelo deputado Carlos Zorrinho. Serão disponibilizados 120 milhões de euros para a instalação de redes WiFi por toda a Europa, garantindo o acesso a todos os cidadãos.

Museus, bibliotecas, hospitais, centros de saúde, edifícios públicos, praças e parques, mas também estações de comboio ou autocarros. O objetivo do WIFI4EU é instalar hotspots em espaços públicos de forma a que todos possam aceder à internet livremente, sem publicidade, com uma autenticação simples e com proteção dos dados pessoais.

As candidaturas de comunidades, que deverão ser realizadas através de um portal online, deverão arrancar já no início do próximo ano, uma vez que o programa vai começar a chegar ao terreno brevemente. Ao todo, 6 a 8 mil comunidades poderão beneficiar de ligações de internet de alta velocidade até 2020.

A medida foi aprovada hoje pelo Parlamento Europeu, em Estrasburgo, depois de ter sido alcançado um acordo, em maio passado, entre o Parlamento, a Comissão e o Conselho da União Europeia.

Na sequência do trabalho na Comissão de Indústria, Investigação e Energia, o relatório da iniciativa foi apresentado pelo deputado português Carlos Zorrinho, e destaca a oportunidade para garantir um acesso mais alargado e inclusivo para o futuro dos europeus.

“O acesso gratuito a internet de alta qualidade, independentemente da localização geográfica e dos recursos financeiros de cada um é muito importante”, refere o deputado português, citado pelo portal Sapo.

Carlos Zorrinho afirma que esta é uma iniciativa com grande impacto, mas lembra que ainda há um desafio a ultrapassar, as competências digitais. “Este é o tipo de programa que liga diretamente aos cidadãos”, começa por dizer, acrescentando que “resolve quase tudo menos a falta de competências digitais de muitos europeus, mas desafia-nos em relação a isso”.

O valor inicial é de 120 milhões de euros, sendo o acesso ao programa destinado a entidades publicas com espaços abertos. O financiamento, contudo, é feito ‘por ordem de chegada’, pelo que é imperativo que as comunidades se candidatem rapidamente.

A ideia é que as candidaturas sejam em zonas onde a oferta pública ou privada deste género não exista, por parte de entidades que procurem financiamento para equipamento e instalação, fornecendo acesso por vários anos. O processo de candidatura decorrerá exclusivamente online, sendo que serão atribuídos vales de 20 milhões de euros para cerca de 1000 autarquias.

Para Carlos Zorrinha, será ainda possível adicionar outros financiamentos de fundos estruturais aos 120 milhões de euros disponíveis, de forma a tornar o processo ainda mais robusto.

A comissária europeia da Economia e Sociedade Digitais, Mariya Gabriel, defende o equilíbrio entre as várias propostas e informa que o portal das candidaturas – onde os Estados Membros terão um papel importante – será aberto assim que a legislação entrar em vigor.

“Vamos trabalhar para que o processo seja simples, evitando o recurso a intermediários e simplificando a burocracia […] queremos que os primeiros chegues sejam atribuídos já em 2018”, conclui.

Veja o vídeo da iniciativa:

https://playbuffer.com/watch_video.php?v=HKUYUHSHG6RB

Em destaque

Subir