Economia

Wall Street fecha sem direção perante tensões comerciais com a China

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje sem direção, com as trocas dominadas pelas interrogações quanto às consequências das tensões comerciais entre os EUA e a China.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 0,41 por cento, para os 24.987,47 pontos, tal como o alargado S&P500, que perdeu 0,21 por cento, para as 2.773,87 unidades.

Ao contrário, o tecnológico Nasdaq valorizou uns ínfimos 0,01 por cento, para as 7.747,03 unidades.

“As inquietações ligadas ao comércio guiaram a ação dos corretores”, estimou Nate Thooft, da Manulife Asset Management.

A decisão tomada na sexta-feira passada por Donald Trump, de impor direitos aduaneiros a importações provenientes da China, que ascendem a 50 mil milhões de dólares (43 mil milhões de euros), seguida de uma resposta similar por parte da China, alimentou o receio de uma escalada entre as duas primeiras potências económicas mundiais.

Em todo o caso, “se os investidores pensassem a sério que os efeitos poderiam ser severos no curto prazo, os índices teriam descido ainda mais”, sublinhou Thooft.

“Sem dúvida que eles pensam que se trata apenas de um batalha, e não de uma guerra comercial, e que vai incidir sobre um montante relativamente limitado, se o compararmos com o total das trocas”, acrescentou.

Na opinião deste operador, as tensões comerciais serviriam sobretudo de desculpa aos atores do mercado, que estão inquietos com a diminuição do ritmo de crescimento observado fora dos EUA.

A subida das cotações do petróleo, verificada na aproximação de uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) com outros importantes produtores, para decidir se as extrações são aumentadas ou se se mantêm, também animou hoje os mercados: o subíndice do S&P500 que integra estes valores apreciou-se 1,12 por cento.

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