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Violência contra mulheres é “muito maior do que as estatísticas mostram”

As denúncias de assédio e abuso têm-se multiplicado, nos últimos tempos, e agora o Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE) vem a público revela que quase metade das mulheres que foram vítimas de violência nunca contou a ninguém pelo que os casos relatados são “apenas uma fração da realidade”.

“A violência contra as mulheres é um problema muito maior do que as estatísticas mostram”, diz o EIGE, em comunicado.

O EIGE diz que uma em cada duas mulheres agredidas não revelou o caso “seja à polícia, serviços de saúde, um amigo, vizinho ou colega”.

Numa conferência sobre o Índice de Igualdade de Género 2017, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, citada pela Renascença, Virginija Langbakk, diretorda do EIGE diz que “a violência contra as mulheres é tanto uma causa como uma consequência da desigualdade de género”.

Esta responsável entende, por isso, serem necessárias posições “mais fortes dos governos, da polícia e da justiça” contra esta “cultura de silêncio e de culpa das vítimas”.

“As mulheres devem saber que as suas queixas serão levadas a sério e a justiça será feita para que possam recuperar as suas vidas”, diz Virginija Langbakk, diretorda do EIGE.

O Parlamento Europeu já disse pretender uma “tolerância zero” em relação ao assédio sexual e apela aos políticos para criarem mecanismos de defesa e prevenção das vítimas.

As denúncias de alegados casos de assédio sexual em Hollywood, nas últimas semanas, têm sido frequentes e já levaram a campanha mundial #MeToo.

Esta iniciativa procura incentivar as vítimas a quebrarem o silêncio sobre o assédio sexual.

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