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Vigília de três dias começa hoje para pedir mais apoios para Centros de Apoio à Vida Independente

O Centro de Vida Independente inicia hoje uma vigília de três dias para chamar a atenção para a vida independente e os direitos das pessoas com deficiência e das suas famílias.

Um reforço do orçamento para a constituição de Centros de Apoio à Vida Independente é a principal reivindicação da vigília, que começa hoje e se prolonga até sexta-feira, culminando com uma marcha de protesto.

Em declarações à agência Lusa, um dos membros da direção do Centro de Vida Independente explicou que as reivindicações relativas à vida independente são “novas, urgentes e emergentes” e criticou o valor de 1,4 milhões de euros definido para a constituição de cada Centro de Apoio à Vida Independente (CAVI).

De acordo com Diana Santos, este é um “orçamento claramente insuficiente para as necessidades expostas pelas associações”.

“Pretende-se fazer uma espécie de apoio domiciliário ‘gourmet’ porque não há horas suficientes nem capital investido para proporcionar a qualidade e as horas necessárias para as pessoas com diversidade funcional, e essa é a nossa maior reivindicação”, argumentou.

Para Diana Santos, seriam precisos pelo menos cinco milhões de euros por CAVI para cumprir o estipulado, ou seja, “até 40 horas semanais para 70 por cento dos utilizadores, mais de 40 horas semanais, até um limite de 24 horas por dia para os outros 30 por cento”.

Diana Santos referiu que estão previstos CAVI que irão apoiar 50 ou mais pessoas, se assim se justificar, mas o orçamento não aumenta dos 1,4 milhões de euros por três anos, apesar de apoiarem mais utentes.

O Centro de Vida Independente tinha inicialmente previsto realizar apenas a marcha para comemorar o Dia Europeu da Vida Independente, que se assinala a 05 de maio, mas, disse Joana Santos, tendo em conta os “atrasos” em relação aos CAVI, o entendimento foi o de que não bastava enaltecer a vida independente, mas também reivindicar “os apoios que já vêm tardios”.

Entre as outras reivindicações, estão as acessibilidades, políticas de acesso a uma escola “realmente inclusiva”, políticas de promoção de empregabilidade, “que não existem”, apoios para as famílias, além de uma” política justa de atribuição de ajudas técnicas”.

No que diz respeito à adesão às duas iniciativas, Diana Santos disse esperar que todas as associações de defesa das pessoas com deficiência se associem, mas admitiu que não será fácil dadas as dificuldades com as acessibilidades.

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