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Videojogos ajudam a diagnosticar doenças associadas ao envelhecimento, diz estudo

A Universidade de Coimbra conduziu uma investigação que sustenta que os videojogos podem ser utilizados como meio auxiliar de diagnóstico em doenças associadas ao envelhecimento.

O estudo sugere que as novas tecnologias, quando colocadas ao serviço dos mais velhos, podem assumir-se como uma ferramenta de combate e identificação de casos de demência.

A conclusão do estudo baseia-se em desafios simples, como contar ovelhas, guardar cabras ou levá-las a pastar, por exemplo, tudo realizado através do ecrã de um telemóvel ou tablet. A informação é disponibilizada para análise dos investigadores, com o objetivo de estudar o desempenho das funções cognitivas dos participantes.

O trabalho foi desenvolvido ao longo de quatro anos, sendo que foram recolhidos e analisados uma centena de indicadores.

Licínio Roque, um dos investigadores da Universidade de Coimbra, explica, citado pelo CM, que os videojogos “podem ser utilizados como instrumento auxiliar de diagnóstico em patologias que envolvam avaliaççoes neuropsicológicas, que podem dar indicadores de substituição para testes cognitivos, sem necessidade do idoso se deslocar à unidade de saúde”.

Até ao momento apenas é possível detetar a perda cognitiva sem doença associado, sendo que a equipa espera por financiamento para dar continuidade à investigação.

Um outro estudo mostra que os idosos que praticam exercícios de computador que avaliam a rapidez de resposta aos estímulos visuais podem ter 29 por cento menos hipóteses de desenvolver demência.

O objetivo passa por exercitar a capacidade do cérebro mudar – a plasticidade – e testar habilidades de perceção, tomada de decisão, de pensamento e de memória, como jogos tradicionais de raciocínio e controlo.

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