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Vídeo: Sócrates defende-se com “filme” da “compra da casa” de Medina

José Sócrates usa “a história da compra da casa” de Fernando Medina em própria defesa. “É muito instrutiva”, explica o arguido e youtuber, sempre com o Ministério Público (que o investiga) na mira: “Representa um clássico, um filme que já vimos”.

O ex-primeiro-ministro, principal arguido da Operação Marquês, pronunciou-se sobre as notícias que envolvem o presidente da Câmara de Lisboa, referindo-se a Fernando Medina como se estivesse a falar do próprio caso em que é investigado.

“Em primeiro lugar, alguém escreve uma denúncia anónima que remete ao Ministério Público. Mais tarde, o denunciante ou o próprio Ministério Público fá-la então chegar a um jornalista, que divulga o conteúdo dessa denúncia anónima”, afirma José Sócrates, simplificando “o filme” em torno do autarca lisboeta.

“Num terceiro andamento, um outro jornalista ou o mesmo questiona o Ministério Público, que, solícito, confirma que recebeu a denúncia e abriu a competente investigação”, acrescentou: “A partir daqui, os jornais e as televisões já podem, agora legitimamente, noticiar que Fernando Medina está a ser investigado”.

José Sócrates lembra que conhece bem “esta armadilha política, porque também já fui vítima dela”, e não poupa nas palavras. “Golpada”, “cobardia do ato anónimo” e “calúnia da denúncia” são algumas das expressões com que visa, direta ou mais indiretamente, o Ministério Público.

Com expressões como “requinte de perversidade”, o ex-primeiro-ministro refere como “a vítima se torna duplamente vítima”, pois além de ser “vítima é impedida de reclamar dessa condição”, dado que estaria “a vitimizar-se”.

A vítima torna-se “um alvo” com “a prestimosa contribuição do Ministério Público”, insiste José Sócrates, usando sempre o caso de Fernando Medina como se estivesse a falar das suspeitas que sobre ele recaem no âmbito da Operação Marquês: o objetivo deixa de ser “denunciar a artimanha, mas sim explicar-se, pormenor atrás de pormenor, respondendo às insinuações mais torpes”.

“Tudo isto é penosamente idêntico ao que já vimos anteriormente”, lamentou-se.

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