Mundo

Vídeo: Foram reféns dos piratas, comeram ratos e agora voltam a ser humanos

Os 26 pescadores feitos reféns por piratas somalis foram libertados após quatro anos e meio de cativeiro. Viram três colegas morrer e tiveram de comer ratos para sobreviver. Pago o resgate, saboreiam o que é ser “humano” outra vez.

Foi em março de 2012 que os piratas somalis atacaram um barco de pesca ao largo das Seychelles, aprisionando 28 homens (oriundos de Camboja, China, Filipinas, Indonésia, Taiwan e Vietname): um dos pescadores morreu durante o assalto ao barco.

Levados para cativeiro, algures numa floresta na Somália, ficaram à espera que fosse pago um resgate (que, segundo a BBC, só agora terá sido pago). Só tinham acesso a água, e pouca.

“Comíamos ratos para sobreviver”, contou Arnel Balbero. As condições eram tão horríveis que dois homens acabaram por morrer de doença.

“Não há água, não há comida, cada um de nós está com algum tipo de doença”, revelava Shen Jui-chang, um dos sequestrados, num vídeo supostamente feito em 2014 como ‘prova de vida’ dos reféns: “Os piratas não dão remédios, dizem que não têm dinheiro para remédios. Dois jovens já morreram”.

De acordo com o Ministério do Exterior de Taiwan, o dono do navio terá pago o resgate, cinco anos após o sequestro. Os 26 sobreviventes foram libertados no sábado e começam agora a chegar aos países de onde são oriundos.

“Não sei como é [viver] neste mundo”, admitiu Arnel Balbero: “Vai ser muito difícil começar de novo”.

Há que ter esperança, como afirmou outro dos regressados à liberdade, Antonio Libref: “Fomos tratados como animais e é tão bom voltar a ser humano”.

Em destaque

Subir