Nem o colete salvou operador de som da série Cops, transmitida nos EUA. Bryce Dion, de 38 anos, foi morto por engano, nesta terça-feira. O disparo de um polícia surgiu durante um assalto à mão armada. Apesar de ser transmitida há 25 anos, nunca Cops registara um incidente fatal, envolvendo técnicos que produzem a série.
A série Cops – transmitida nos EUA desde 1989 – mostra as ações da polícia norte-americana no combate ao crime, num reality-show feito no palco do crime.
Uma equipa da televisão grava as intervenções da polícia, em assaltos à mão armada, perseguições, operações de trânsito, entre outras.
Nesta terça-feira, as gravações de mais um episódio da série ficaram marcadas pela morte de um técnico de som, que foi atingido por um tiro disparado por um polícia.
Bryce Dion, de 38 anos, foi atingido por engano, durante um assalto à mão armada, e nem o colete à prova de bala que usava evitou a morte.
Apesar de ser transmitida há 25 anos, nunca Cops registara um incidente fatal, envolvendo técnicos que produzem a série.
O assalto ocorria num restaurante de Omaha, no estado do Nebraska. Três agentes da polícia foram chamados ao local do crime, acompanhados por uma equipa de filmagem, que iria gravar a operação policial.
No meio da cena real, Bryce Dion acabou atingido por uma bala, disparada pelo agente, numa troca de tiros com um suspeito.
O tiro acabou por revelar-se fatal e todas as tentativas de reanimação do técnico acabaram por revelar-se infrutíferas.
Além do técnico de som (que trabalhava na série Cops há oito anos), também o suspeito do assalto viria a ser morto na mesma intervenção. Tinha 32 anos.
O tiroteio deste assalto envolveu cerca de 30 disparos, segundo relatam testemunhas. A polícia não adianta detalhes, mas o incidente está a ser investigado, com recurso às imagens que o técnico de imagem capturou, precisamente para a série.
Depois do incidente, John Langley, criador de Cops, promoveu uma conferência de imprensa, onde lamentou o caso e destacou o facto de o reality-show se basear “na vida real”, onde “nada é manipulado”. Essa característica do programa é “um ponto forte e, neste caso, um ponto fraco”, realçou Langley.
Veja um excerto do programa Cops:
