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Vídeo: Neste lar de idosos a Alemanha ainda é a RDA comunista

Os idosos de um lar de Dresden não vivem em 2017: ainda estão em 1989. O Muro de Berlim ainda não caiu, pelo que continuam a viver na República Democrática Alemã.

A ideia teve por base o filme ‘Adeus, Lenine’, no qual uma mulher acorda de um longo coma em 1990 e é impedida, pelo filho, de saber que a Alemanha se tinha reunificado.

No Lar Sénior Alexa, os idosos vivem ainda na Alemanha comunista, por “razões terapêuticas”.

“Houve certamente uma influência desse filme porque lida com um assunto semelhante,a ideia de manter uma pessoa na sociedade da RDA por razões terapêuticas”, adianta o diretor do lar, Gunter Wolfram.

As reações, garante, “têm sido positivas desde que começamos” a introduzir objetos do dia a dia que eram usados em 1989, ainda antes da queda do Muro.

“Nota-se mais nas expressões de alegria” dos idosos quando “reconhecem os objetos”, mobiliário e decoração da época , reforça Wolfram: “Para além da alegria de voltarem a pegar nas coisas que usavam antes, nota-se também que voltam a usá-las como se ainda na véspera o tivessem feito. É como se as mãos se lembrassem de algo que o cérebro já tinha esquecido”.

O diretor sustenta que ainda que o lar “não tem a pretensão que querer curar ou interromper a evolução das doenças neurodegenerativas” dos utentes, como a demência: “O que vemos é que recuperam capacidades que tinham perdido e estamos a falar de coisas que, às vezes, são tão simples como cortar o pão e espalhar a manteiga ou pegar num copo sem ajuda”.

“Nota-se a alegria nas expressões faciais deles”, conclui Gunter Wolfram: “Os dias são mais felizes graças a essas lembranças”.

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