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Vídeo: Milhares de estudantes em “desobediência civil” num protesto em Hong Kong

desobediencia hk A China volta a enfrentar uma dissidência mediática. As ruas de Hong Kong estão lotadas por milhares de estudantes em protesto, numa “desobediência civil” contra as anunciadas restrições ao direito de voto. As aulas saíram das universidades e passaram a ser públicas.

Os estudantes de Hong Kong estão nas ruas, aos milhares, em “desobediência civil”. As contas da organização deste protesto cívico contra o Governo chinês, que pretende restringir o direito de voto, apontam para que só na praça central da Universidade Chinesa de Hong Kong, onde começou a manifestação, estejam concentradas mais de 13 mil pessoas.

O lema “Desobediência civil: O nosso destino em nossas mãos” resume os objetivos deste gigantesco protesto. As aulas saíram das universidades e passaram para as ruas, abertas a qualquer cidadão que queira participar em sessões como “O setor financeiro e a desigualdade económica em Hong Kong”, “Gandhi: Desobediência civil e democracia participativa” ou “Relação entre espaço público e política”.

“Não estamos a faltar à aula. Estamos a aprender fora das salas de aula ao mesmo tempo em que chamamos a atenção da sociedade para que encare a dura realidade”, explicou o secretário-geral da Federação de Estudantes de Hong Kong, disse Alex Chow.

Em 2017, Hong Kong deveria ter eleições regionais. Porém, o Governo chinês revelou, a 31 de agosto, que estuda uma reforma eleitoral, a qual vai impedir a livre apresentação de candidatos a chefe de Governo regional. A anunciada reforma eleitoral prevê que os candidatos sejam escolhidos por um colégio eleitoral composto por 1200 membros.

Alex Chow resume as principais críticas ao projeto governamental: “Por que é que 170 pessoas nomeadas por Pequim na Assembleia Nacional podem decidir o destino de Hong Kong? Por que não somos nós, os sete milhões de cidadãos de Hong Kong, a decidir?”

“Hoje os estudantes assumem a dianteira com uma greve, o prelúdio da desobediência civil, um chamado à sociedade”, acrescentou o porta-voz da organização, antecipando uma batalha “árdua e longa” pelo direito a uma maior democracia.

O protesto pode servir como ‘berço’ para o renascimento do movimento ‘Occupy Central’, adormecido desde o ano passado. Na última ocasião em que os militantes deste movimento se fizeram ouvir ficou a promessa de ser convocada uma grande manifestação para 1 de outubro deste ano, dia em que a República Popular da China celebra 65 anos.

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