Ciência

Vídeo: Júpiter, o planeta idoso que trabalhou como porteiro da discoteca

Um estudo científico confirmou uma crença antiga. Júpiter não é só o maior planeta de todo o Sistema Solar: é também o mais antigo.

De acordo com o resumo da investigação, publicado ontem na Proceedings of the National Academy of Sciences, o núcleo rochoso do planeta concentrou-se menos de um milhão de anos após a formação do sistema solar.

“É a primeira vez que podemos confirmar algo sobre Júpiter após medições feitas em laboratório”, releva Thomas Kruijer, investigador do Lawrence Livermore National Laboratory, da Califórnia (EUA).

Há muitos que os astrónomos suspeitavam que Júpiter seria o planeta mais antigo, em especial pela alta densidade da massa, 50 vezes superior à da Terra mesmo sendo Júpiter um gigante de gás e poeira.

Com este estudo, ficou a saber-se também que Júpiter agiu como segurança de um sistema solar ainda bebé. Com apenas um milhão de anos de idade, Júpiter já tinha gravidade suficiente para desviar alguns meteoritos que se encaminhavam para o centro do sistema.

“Com apenas um milhão de anos, Júpiter era grande o suficiente separar o interior do Sistema Solar do exterior, como um porteiro de discoteca que vai segurando a fila à porta”, salientou Brandon Johnson, investigador da Universidade de Brown.

Mais tarde, quando o sistema solar tinha quatro milhões de anos, o planeta já tinha crescido tanto que começou a ser puxado para o Sol. Assim, a ‘barreira’ foi aliviada e os meteoritos e rochas acabaram por formar o cinturão que ainda hoje se encontra entre Júpiter e Marte.

Mais afastado do gigante, Saturno aproveitou a oportunidade para crescer também, o que travou o movimento de Júpiter rumo ao centro do Sistema Solar, concluíram ainda os cientistas.

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