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Vídeo: Economista defende cenário de abismo em Portugal

O economista Pedro Braz Teixeira antecipa que em outubro a agência DBRS vai baixar o rating de Portugal, o que deixaria o País sob o espectro de uma nova crise financeira. No programa Olhos nos Olhos, nesta quarta-feira, afirmou que esse seria o cenário ideal, já que obrigaria o Governo a tomar medidas prementes. Veja o vídeo.

É apenas graças à DBRS que as emissões de dívida portuguesas podem ser adquiridas pelo Banco Central Europeu. Se o rating de Portugal atribuído por aquela agência descer, abrem-se as portas a um provável novo resgate. Em outubro, será conhecida a ‘sentença’.

No programa Olhos nos Olhos, na TVI24, Pedro Braz Teixeira antecipa o futuro: “Vejo como muito plausível que a 21 de outubro a DBRS baixe as perspetivas portuguesas de estáveis para negativas e que isso provoque um pequeno terramoto nas taxas de juro e que obrigue o Governo a tomar medidas desesperadas”.

Se a DBRS descer o rating, Portugal “fica no abismo”, porque “o Banco Central Europeu deixava de poder emprestar dinheiro, com base na dívida portuguesa”.

“A dívida vai estar sistematicamente a subir e fica insustentável. Todos os dados indicam a deterioração das contas públicas. E esta decisão da DBRS, no fundo, acaba por ser a melhor para todos”, defende.

“Nós, neste momento, estamos a um passo do abismo. Por outro lado, o ideal seria que o Governo tomasse medidas, para que daqui a seis meses pudéssemos melhorar as perspetivas”.

Com a decisão da DBRS, numa descida de rating, Portugal ficaria pressionado pelas taxas de juro.

“O curioso é que também é do interesse da Comissão Europeia uma decisão destas, porque não seria necessário impor sanções. Para Portugal, era o ideal, porque era pôr um travão a estas políticas sem sentido que este Governo está a tomar”, diz.

“Para Portugal, era o ideal. A única entidade para quem não era ideal era o Governo”.

“Pode-se colocar a questão… o Governo não resiste e o Bloco e o PC Não aceita. Eu digo: por um lado, já vimos o Syriza engolir muita coisa. Por outro lado, se a esquerda não engolir as exigências das agências de rating, o que acontece? Vamos ter um novo resgate, eleições antecipadas e muito provavelmente um novo Governo de direita, que vai desfazer muitas das coisas que este Governo está a fazer”, conclui.

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