Vídeo: Bebé com ordem para morrer, pais em tribunal para o manter vivo
O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) agendou para a próxima segunda-feira a deliberação final sobre o processo de Charlie Gard, o bebé com uma rara e incurável doença terminal que opõe médicos e um juiz, que defendem o direito à morte com dignidade, aos pais do menino, que ainda acreditam numa cura que não existe.
O processo chegou à justiça em março, quando os médicos do London’s Great Ormond Street Hospital recorreram ao tribunal para que fosse retirado o suporte de vida ao bebé, então com 7 meses.
O juiz Nicholas Francis deu razão aos médicos, validando o direito à morte com dignidade de um bebé com uma doença rara, incurável e terminal. Mas os pais, que ainda acreditam numa cura, recorreram da sentença.
O Supremo Tribunal britânico confirmou a deliberação da primeira instância, pelo que a Connie Yates e Chris Gard só restava uma hipótese: o TEDH.
Hoje, os juízes do TEDH ordenaram aos médicos do hospital londrino para manterem o suporte de vida até à próxima segunda-feira, dia em que será conhecida a sentença final.
Charlie Gard, agora com 10 meses, sofre de síndrome de depleção mitocondrial, uma doença genética extremamente rara (há apenas 16 casos conhecidos) e incurável.
O bebé, garantem os médicos, não vê, não ouve, não engole, não chora e nem sequer se consegue mexer.
Os pais recorreram ao TEDH para poderem levar o menino para os EUA, onde um médico desenvolve um tratamento experimental de 1,1 milhões de euros que – garantem os pais – pode curar o pequeno Charlie.
Reveja o vídeo de sensibilização divulgado em março, antes do início do confronto judicial entre médicos e pais:
http://playbuffer.com/watch_video.php?v=9D9BM14ON4SU