António Costa enganou-se e chamou “primeiro-ministro” a Pedro Passos Coelho. O lapso do chefe de Governo ocorreu duas vezes na mesma intervenção.
Foi o momento curioso do debate quinzenal desta sexta-feira, na Assembleia da República.
Numa intervenção, António Costa enganou-se e chamou “primeiro-ministro” ao seu antecessor, gerando desconforto, bem evidente na cara de Passos Coelho.
“Respeito a dificuldade que o senhor primeiro-ministro tem em libertar-se dos últimos quatro anos. Agora, há-de compreender que o meu dever é governar o dia de hoje, com os olhos postos no futuro, e não passar o tempo a alimentar consigo um debate sobre o seu passado”, disse o líder do executivo.
E prosseguiu: “Senhor primeiro-ministro [António Costa percebe o lapso e interrompe], senhor deputado Pedro Passos Coelho, com toda a cordialidade, convido-o a vir para o presente será muito bem recebido e encontrará um largo futuro”.
Nas bancadas gerou-se um ruído de fundo, que obrigou o chefe do Governo a suspender a intervenção.
O curioso é que o erro de linguagem surge enquadrado com a ideia que António Costa transmitia: a “dificuldade [de Passos Coelho] em libertar-se do seu passado”.
Chegou a pensar-se que o chefe do executivo socialista estaria a ironizar, errando de propósito. Mas não foi o que ocorreu.
Hoje, no Parlamento, em destaque na discussão esteve o rascunho do Orçamento de Estado, que merece dúvidas à Comissão Europeia e que levou a direita a questionar o executivo.
Veja o vídeo, publicado pelo PS na sua conta oficial no YouTube.