Mundo

Venezuela reitera “absoluta solidariedade” com Lula da Silva

As autoridades venezuelanas reiteraram hoje, em comunicado, “absoluta solidariedade” com o ex-Presidente do Brasil, Lula da Silva, pela condenação a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e branqueamento de capitais.

“O Governo da Venezuela manifesta a sua absoluta solidariedade com Lula da Silva, vítima de uma inquisição judicial instrumentalizada através de um golpe de Estado, que desde 2016, com a destituição de Dilma Rousseff, destrói a estabilidade política e social deste país irmão”, lê-se no comunicado, divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores.

Na nota, as autoridades de Caracas sublinham ainda que se trata de “uma estratégia ofensiva imperial maior que se estende contra os povos da América Latina e das Caraíbas”.

“O companheiro Lula é o maior dirigente popular na história política dessa nação da América do Sul. Aguerridamente lutou com força e determinação contra a ditadura, consolidando-se como líder político na construção da democracia brasileira, desde a Constituição de 1988”, explica.

Lula da Silva, que sempre se declarou inocente, foi considerado culpado dos crimes de corrupção e branqueamento de capitais, por ter alegadamente recebido um apartamento de luxo na cidade do litoral do Guarujá como suborno da construtora OAS, uma das empresas envolvidas nos escândalos da Operação Lava Jato.

Na madrugada de quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou um ‘habeas corpus’ apresentado pela defesa de Lula da Silva, que visava evitar a sua prisão antes de se esgotarem os recursos na Justiça.

Na sequência da decisão do STF, o juiz federal Sérgio Moro decretou a prisão de Lula da Silva e deu como prazo a tarde de sexta-feira (noite em Lisboa), para o ex-Presidente brasileiro se apresentar voluntariamente à Polícia Federal na cidade de Curitiba, no Estado do Paraná, sul do Brasil.

Luiz Inácio Lula da Silva, 72 anos, foi o 35.º Presidente do Brasil (2003-2011), entregou-se quase 26 horas depois, saindo da sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, no Estado de São Paulo, onde estava desde quinta-feira.

Em destaque

Subir