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Venezuela: Maduro acusa EUA e Colômbia de financiarem desestabilização do Governo

O Presidente da Venezuela denunciou na quinta-feira que os Estados Unidos e a Colômbia estavam a financiar ações para desestabilizar o Governo e impedir as eleições presidenciais antecipadas de 20 de maio.

“Capturámos os conspiradores, que confessaram que eram financiados através de uma aliança da embaixada ‘gringa’ [norte-americana] na Venezuela com o Governo da Colômbia, para gerar violência militar e tratar de evitar as eleições democráticas no país”, declarou.

Nicolás Maduro falava na sessão da Assembleia Constituinte (AC) durante a qual prestou juramento perante a presidente do órgão, Delcy Rodríguez, como Presidente da Venezuela para o período 2019-2025, na sequência da vitória nas presidenciais de domingo passado.

O chefe de Estado venezuelano referia-se à detenção “por conspiração” de um grupo de militares.

Na intervenção, Maduro anunciou um novo plano de ação governamental composto por seis linhas estratégicas, sendo a primeira uma reunificação, reconciliação e pacificação nacional venezuelana, que inclui a libertação dos presos políticos que não tenham cometido delitos graves.

A segunda define um acordo económico-produtivo para a estabilização, mediante uma reorganização do sistema de distribuição, comercialização, bem como a afixação de preços dos produtos básicos para a população. A terceira linha consiste numa luta renovada e frontal contra a corrupção.

O novo programa governamental inclui ainda o fortalecimento e ampliação do sistema de segurança e proteção social, através do Cartão da Pátria, que dá acesso a programas governamentais e é promovido pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (no poder).

As últimas duas linhas de ação estão centradas na defesa do país e da Constituição perante conspirações nacionais e internacionais e a ratificação da construção do socialismo.

Segundo os últimos dados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Maduro venceu as eleições presidenciais antecipadas de domingo passado com 6.244.016 (67,8 por cento) votos.

O opositor Henri Falcon obteve 1.927.174 votos. O pastor evangélico Javier Bertucci 988.761 e o engenheiro Reinaldo Quijada 36.246 votos, indicou o CNE.

De acordo com o CNE, foram registados 9.381.218 votos válidos, que correspondem a uma participação de 46.06 por cento dos 20.527.571 eleitores.

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