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Vasco Lourenço: “Sei bem como as assembleias podem ser manipuláveis”

Vasco Lourenço discordou da forma como Bruno de Carvalho “desconsiderou” o Conselho Leonino e abandonou este órgão, criticando a vontade “presidencialista” do presidente do Sporting.

O capitão de abril sentiu que o líder dos leões, “com a conivência de Marta Soares, desconsiderou totalmente” o órgão consultivo e, para não andar a fazer ‘figura de corpo presente’, abandonou o Conselho Leonino.

Lembrando as propostas de alteração dos estatutos e do novo regulamento disciplinar, cuja polémica obrigou à suspensa da Assembleia Geral do dia 3, Vasco Lourenço frisou que nem deveriam ter sido colocadas na agenda.

São “alterações de fundo” e, como mandam os estatutos (em vigor), têm que passar primeiro pelo Conselho Leonino, frisou.

“Deram dois dias para estudarmos o assunto e, na assembleia, eu disse que era inaceitável e pedi que os pontos fossem retirados da agenda e colocados à discussão do Conselho Leonino, não questionando a legitimidade que [Bruno de Carvalho] tem para fazer estas propostas”, insistiu o ex-militar.

“Eu sei bem como as Assembleias Gerais podem ser facilmente manipuláveis. Por esse motivo esperei pelo resultado da mesma e depois pela tomada de decisão do presidente. Assim que a mesma foi anunciada decidi avançar a minha decisão”

Como exemplo, comparou com a ‘votação relâmpago’ da lei do financiamento dos partidos, “que o Presidente da República vetou” alegando falta de escrutínio público.

Vasco de Lourenço deixou ainda uma questão para Bruno de Carvalho responder: “Como o presidente não lhe dá importância, porque é que me convidou para pertencer ao Conselho Leonino? Se não o usarem, ele não tem importância e a conclusão a que se chega é que é melhor não existir”.

“É um peditório para o qual já dei, não estou para ser desconsiderado como já fui”, teimou o capitão de abril.

Aos associados do Sporting, deixou ainda um alerta: sem Conselho Leonino, o único órgão que reflete “as diferentes sensibilidades do clube”, Bruno de Carvalho vai impor “um sistema presidencialista”.

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